Por que o apoio à pena de morte cresceu entre os franceses
A França aboliu a pena de morte em 1981. Como membro da União Europeia, o país não pode autorizar a prática. Mas, segundo uma pesquisa do Instituto Ipsos, 55% dos franceses atualmente se dizem favoráveis à medida, um aumento de 11 pontos percentuais em relação ao ano passado. Parte da explicação está no fato de...
A França aboliu a pena de morte em 1981. Como membro da União Europeia, o país não pode autorizar a prática. Mas, segundo uma pesquisa do Instituto Ipsos, 55% dos franceses atualmente se dizem favoráveis à medida, um aumento de 11 pontos percentuais em relação ao ano passado.
Parte da explicação está no fato de que para 46% da população o assunto que mais causa preocupação é a delinquência. O tema está no topo da lista de prioridades da população.
"O país tem registrado brigas nas periferias, disputas entre comunidades de imigrantes e até tumultos. Vários casos ganharam muita atenção na imprensa e nas redes sociais e passaram a nortear o debate político", diz Mathieu Gallard, diretor de pesquisas do Ipsos França.
Segundo o instituto, a porcentagem de franceses que querem um líder capaz de manter a ordem subiu de 79% para 82% em um ano. Não por acaso, partidos de direita, como o Republicanos e o Reunião Nacional, da direitista Marine Le Pen, passaram a tentar colar no presidente Emmanuel Macron (foto) a pecha de "fraco no combate ao crime".
A cobrança maior por lei e ordem apresenta um desafio para Macron. "Como seu partido, o República em Marcha, tem integrantes da direita e da esquerda, Macron tem tido dificuldade para traçar uma política de segurança. Ele não pode ser muito leve com o crime e nem ser muito rígido, como o presidente americano Donald Trump", diz Gallard. "Provavelmente, a criminalidade será um dos grandes temas nas próximas eleições, em 2022", concluiu o diretor do instituto.
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Comentários (9)
Mauricio
2020-09-21 20:57:18A esquerda nunca deu certo em lugar nenhum. Agora os franceses terão que engolir o engodo que criaram. Coitada de Paris, cidade lixo agora.
Luiz
2020-09-21 08:16:35Ao invés de ele se meter na Amazônia, vai arrumar a própria casa.
PAULO
2020-09-20 21:07:42Os imigrantes (a maioria muçulmanos) da década de 60-70-80 sempre tiveram o apoio do governo francês, como emprego, moradia, educação e saúde. No entanto, os da nova geração não se integram na sociedade, não são nacionalistas e querem os mesmos benefícios do francês que nasce em Champs-Elisées. Os franceses também tem culpa no atual estágio de bagunça em que se encontra a França. Foram muito lenientes com a esquerda e agora querem colocar um freio nessa confusão.
Joana
2020-09-19 19:38:17O maior problema da imigração descontrolada trás diversos problemas de Cultura e costumes, bem como trás assassinos, ladrões e traficantes. Por vezes muitos governantes com a ambição de cargos e prestígio internacional abrem as fronteiras deixando o país vulnerável a tudo e a todos.
Jose
2020-09-19 18:12:01Se a nossa amiga albertinha cucaracha morasse lá, ela já teria encontrado uma sandália de borracha.
Solange
2020-09-19 16:39:12França e Bélgica não souberam dosar: trouxeram muitos imigrantes muçulmanos e perderam a autoridade: o futuro não será pacífico
Antonio G
2020-09-19 14:37:27Mas ele deve ser rígido com os imigrantes por que eles tentam ir para o Reino Unido todo dia atravessando o Canal naqueles botes. O Reino Unido não quer imigração ilegal, mas aparentemente, o governo francês não oferece condições dignas aos imigrantes que se encontram lá, e assim eles irão continuar tentando atravessar e chegar à Inglaterra.
Odete6
2020-09-19 14:05:53Que bobagem, Mathieu Gallard.... quem disse que o ""presidente norte-americano"" é ""rígido"" com o crime???!!! Só o seria se o próprio agente-laranja cometesse um harakiri!!!!
Odete6
2020-09-19 13:43:02Não me admira. O pensamento civilizado e equilibrado é de máximo esforço p/ a preservação da vida e p/ a concepção de inquestionavelmente competentes "oficinas" multidisciplinares onde se possa, "consertar" seres humanos totalmente "estragados" ou com defeitos morais por razões biológicas e educacionais. Mas até lá, a horrível opção pela pena de morte configura mesmo a *legítima defesa* da sociedade. E explicita também a atuação defensiva do sistema imunológico social. É simples: causa e efeito.