Plano de recuperação da Odebrecht impõe derrota milionária a Marcelo
O plano de recuperação judicial do Grupo Odebrecht, homologado nesta segunda-feira, 27, pela Justiça de São Paulo, impôs uma derrota milionária a Marcelo Odebrecht, que já trava uma disputa judicial com a empresa que presidiu entre 2013 e 2015, quando foi preso pela Lava Jato. Com valor fixado em 83,6 bilhões de reais, o plano...
O plano de recuperação judicial do Grupo Odebrecht, homologado nesta segunda-feira, 27, pela Justiça de São Paulo, impôs uma derrota milionária a Marcelo Odebrecht, que já trava uma disputa judicial com a empresa que presidiu entre 2013 e 2015, quando foi preso pela Lava Jato. Com valor fixado em 83,6 bilhões de reais, o plano é o maior já feito na história do país.
Marcelo reivindicava um crédito trabalhista de 21 milhões de reais junto à Odebrecht, mas o juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, aprovou o plano de recuperação do grupo que definia como teto da dívida a ser paga a ex-acionistas controladores o valor equivalente a 150 salários mínimos, pouco mais de 150 mil reais.
Em abril, Marcelo questionou judicialmente o valor fixado no plano de recuperação aprovado pelo conselho do grupo, dizendo que receberia apenas 0,7% do crédito a que tinha direito. Outros sete ex-acionistas também tiveram o mesmo limite de pagamentos. Para outros ex-funcionários, o valor máximo autorizado pela Justiça é de 3 milhões de reais.
Na petição contra os termos da dívida trabalhista da Odebrecht, Marcelo afirma que a companhia favoreceu seu pai, Emílio Odebrecht, com quem rompeu na esteira do acordo de delação premiada fechado pela empresa, em 2016. Segundo o herdeiro, o patriarca recebeu 6,9 milhões de reais da empresa nos quatro meses que antecederam o pedido de recuperação judicial, em 2019.
Em maio deste ano, a Odebrecht moveu um processo contra Marcelo para tentar anular um contrato de 52 milhões de reais que a empresa assinou com ele em 2017, para pagamento de "honorários complementares" do período em que ele comandou o grupo. Segundo a nova direção da empresa, o termo foi assinado por meio de coação, o que Marcelo nega.
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Comentários (6)
André
2022-02-17 22:38:03Merece R$0,00! + 100 anos de cadeia!
Jose o indignado
2020-07-28 13:04:51Tem que liberar a JBS e Odebrecht, não deixando nunca mais atuarem no Brasil. Questão de honra.
RENATO
2020-07-28 10:30:44Parabéns pelo avanço da Lava Jato. Agora, que vergonha ver os bandidos que roubaram décadas ainda saírem com alguma coisa! A empresa deve ser preservada, mas os acionistas deveriam perder simplesmente TUDO!
Celso
2020-07-28 07:23:39É briga de gente grande e muito complicada...com a justiça
Márcia
2020-07-27 23:27:49Não vai ficar pobre!
Maurício
2020-07-27 22:54:47ladrão que rouba ladrão