PGR é contra pedido da CPI para restabelecer quebra de sigilo de Bolsonaro
A Procuradoria-Geral da República defendeu que o Supremo Tribunal Federal rejeite um recurso em que a CPI da Covid pede que seja restabelecida a quebra do sigilo telemático de Jair Bolsonaro e a suspensão do acesso do presidente da República às redes sociais. A comissão impôs as medidas em 26 de outubro, data de encerramento...
A Procuradoria-Geral da República defendeu que o Supremo Tribunal Federal rejeite um recurso em que a CPI da Covid pede que seja restabelecida a quebra do sigilo telemático de Jair Bolsonaro e a suspensão do acesso do presidente da República às redes sociais.
A comissão impôs as medidas em 26 de outubro, data de encerramento dos trabalhos do colegiado, após Bolsonaro disseminar, em sua live semanal, a informação falsa de que tomar a vacina contra o novo coronavírus aumentava o risco de uma pessoa se infectar com o vírus da Aids.
Em novembro, no entanto, Alexandre de Moraes acatou um pedido do presidente e derrubou as decisões da CPI. O ministro entendeu que o colegiado extrapolou seus poderes de investigação ao aprovar requerimentos sem uma fundamentação adequada -- ou seja, sem demonstrar de que forma a medida contribuiria para a apuração.
Ao recorrer, a CPI argumentou que, embora tenha concluído os trabalhos, as potenciais provas obtidas a partir da quebra de sigilo ainda poderiam ser usadas para a responsabilização do presidente. A comissão parlamentar de inquérito acrescentou que Bolsonaro tem uma "obstinada postura negacionista, massivamente difundida pelos seus perfis”.
O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, discordou. Para o número dois do órgão, diligências adotadas por CPIs se justificam na “exata medida” que servem para alimentar o relatório final. No caso específico, pontuou Jacques, “o ato de quebra de quebra (de sigilo) não atendeu à sua finalidade pública de servir de subsídio” para esse documento.
Além disso, o vice-PGR alinhou-se a Moraes quanto à falta de fundamentação dos requerimentos aprovados pela CPI e frisou que, em sua avaliação, a comissão não apresentou novos argumentos para justificar as cautelares. Segundo Jacques, o colegiado não demonstrou nos autos o “proveito do levantamento dos dados”.
O braço-direito de Augusto Aras argumentou, ainda, que houve “perda do objeto”. “No caso, os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito foram concluídos, inclusive, com relatórios encaminhados aos órgãos competentes para adoção das medidas legais. O próprio órgão legislativo juridicamente foi extinto e, consequentemente, o agente coator não mais atua em sua representação”.
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Comentários (8)
MARCOS
2022-02-20 10:27:36NO ATUAL GOVERNO EXISTE A AGU PARALELA=PGR.
Velhinha de Taubaté
2022-02-20 09:22:44Fica mais claro a cada dia que a PGR se tornou uma espécie de AGB: Advocacia Geral do Bolsonaro.
MARCIO
2022-02-19 19:35:27Óbvio que será contra
Maria
2022-02-19 16:33:14MORO PRESIDENTE 2022! 🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Júlio
2022-02-19 15:55:43Isso não interessa aos cosmocratares deste mundo Amaury. Quanto mais vagabundo, mais chance tem de fazer parte da panela, até porque pessoas de caráter não participam dessa podridão. Enquanto não nos livrarmos dos 11 de capa, o caráter da nossa nação será formado com base nas ações deles. O que está sendo aprendido, visto é julgado pelas crianças e jovens do nosso país? Estão perdidos, já nem sabem mais no que acreditar. Veja as discussões deles nas redes sociais, estão desorientados.
FRANCISCO AMAURY GONÇALVES FEITOSA
2022-02-19 15:46:28o STF deveria julgar os 17 processos la existentes contra este vagabundo CaGAlheiros.
Júlio
2022-02-19 15:36:11Tem que pedir a quebra do sigilo bancário dos envolvidos no consórcio nordeste. 50.000.00,00 roubados da saúde. Já o Renam, Azis e Randolfe, não precisa quebrar sigilo nenhum. É só o STF para de acorbertá-los e tocas as dezenas de processos que esses pilantras têm. São riquíssimas as acusações que pesam sobre estes senhores.
Eduardo casares silva
2022-02-19 14:54:44Ainda não pediram o impeachment do PGR ARAS ?