PF quer provas da insatisfação de Bolsonaro com sua segurança pessoal
A Polícia Federal cobrou do Gabinete de Segurança Institucional, chefiado pelo general Augusto Heleno, a apresentação de provas do suposto descontentamento do presidente Jair Bolsonaro com sua segurança pessoal e de seus familiares no Rio de Janeiro. A diligência faz parte do inquérito que apura suposta interferência política do presidente na corporação. A estratégia de...
A Polícia Federal cobrou do Gabinete de Segurança Institucional, chefiado pelo general Augusto Heleno, a apresentação de provas do suposto descontentamento do presidente Jair Bolsonaro com sua segurança pessoal e de seus familiares no Rio de Janeiro. A diligência faz parte do inquérito que apura suposta interferência política do presidente na corporação.
A estratégia de defesa do governo é tentar provar que, durante a reunião ministerial do dia 22 de abril, o presidente não se referia à Polícia Federal quando mencionou sua insatisfação com o Rio de Janeiro, e sim à sua segurança pessoal. Entre aqueles que sustentam essa versão nas investigações, está o próprio general Heleno.
No vídeo do encontro, cujo sigilo foi levantado pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro menciona a PF e fala em evitar que seus parentes e amigos sejam prejudicados. Para a defesa do ex-ministro Sérgio Moro, essa é uma prova de que o presidente queria intervir politicamente na corporação.
Em ofício, a delegada Christiane Corrêa Machado pede a Heleno que informe "todas as eventuais trocas de comando da chefia da segurança" de Bolsonaro ocorridas entre 2019 e 2020.
Ela quer também informações sobre "eventuais óbices ou embaraços a nomes escolhidos para atuação na segurança pessoal" do presidente da República ou de seus familiares, nos anos de 2019 e 2020.
Em outro ofício, a Polícia Federal também pediu à Superintendência no Rio informações sobre eventuais vazamentos da Operação Furna da Onça, e questionou se houve abertura de novo inquérito para investigar a divulgação indevida da investigação aos investigados. O pedido foi feito após o empresário Paulo Marinho afirmar à Folha de São Paulo que o senador Flávio Bolsonaro foi informado por um delegado da PF sobre a operação, antes de ela ser deflagrada.
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