Petrobras diz que diretores de fora vão ‘agregar competências’
A Petrobras justificou o aumento de 30% para 40% no total de dirigentes de fora dos quadros da empresa como uma forma de “agregar competências”. Segundo nota da empresa, a mudança no estatuto social da estatal, aprovado na semana passada, vai contribuir “para a construção de uma organização integrada, com equipes eficientes e de alto...
A Petrobras justificou o aumento de 30% para 40% no total de dirigentes de fora dos quadros da empresa como uma forma de “agregar competências”. Segundo nota da empresa, a mudança no estatuto social da estatal, aprovado na semana passada, vai contribuir “para a construção de uma organização integrada, com equipes eficientes e de alto desempenho”.
Além do cargo de presidente, a Petrobras tem oito postos de direção e 43 cargos de gerência executiva. Hoje, no máximo 15 deles podem ser ocupados por pessoas que não pertencem aos quadros da estatal. A partir de agora, esse número subirá para 20.
A movimentação coincide com o momento em que o governo busca cargos para alocar aliados políticos, como os de partidos do Centrão. A mudança no estatuto da companhia gerou preocupações de um eventual loteamento político na cúpula da empresa, marcada por escândalos recentes de corrupção na Operação Lava Jato.
Segundo a Petrobras, “a modificação vai possibilitar que uma parcela maior de gestores da Petrobras seja oriunda de profissionais do setor privado, agregando as competências desses profissionais às já existentes no corpo de empregados da companhia. Serão, no máximo, 20 profissionais do mercado, em um universo de aproximadamente 45 mil empregados de carreira da companhia”.
A estatal alega ainda que “o conjunto de vivências e trajetórias de carreira dos profissionais externos, aliado à vasta experiência e aos profundos conhecimentos do negócio dos profissionais do quadro permanente da Petrobras contribuem para a construção de uma organização integrada, com equipes eficientes e de alto desempenho”.
De acordo com a empresa, a seleção de gerentes seguirá “critérios exclusivamente técnicos e contemplará a contratação de profissionais com sólida carreira executiva”. A Petrobras garante que os processos de seleção serão feitos por consultorias especializadas e trarão exigências determinadas pela Lei das Estatais, como reputação ilibada, notório conhecimento e experiência profissional em cargo de liderança.
A legislação também veda indicações de ocupantes de cargos políticos, como ministros e secretários, dirigentes de partidos políticos, pessoas vinculadas a organização de campanhas eleitorais e que exerçam cargos em organizações sindicais e órgãos reguladores.
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