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Petistas participam de ato na Embaixada da Venezuela em apoio ao ditador Maduro

13.11.22 20:17

Petistas participaram neste domingo, 13, de um ato na Embaixada da Venezuela, em Brasília, para prestar solidariedade à ditadura de Nicolás Maduro. Eles levaram faixas vermelhas do partido, peças de roupas com imagens de Lula e posaram para fotos fazendo o “L” com os dedos.

Há exatos três anos, em 13 de novembro de 2019, após o reconhecimento do governo brasileiro do presidente Juan Guaidó, funcionários da nova administração entraram no prédio, mas foram expulsos com violência por petistas, sindicalistas, venezuelanos e membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, o MST.

A embaixada então passou a funcionar como uma área fora da lei, em que os seus ocupantes descumpriam com total desprezo as ordens do governo de Jair Bolsonaro. 

O MST ficou encarregado de fazer a guarda do prédio, que também passou a ser usado como uma de suas sedes. No ano passado, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, encontrou-se com representantes de Maduro no local. Lula também esteve por lá, para ganhar uma foto do ditador.

O general venezuelano Manuel Antonio Barroso, que foi acusado de ter desviado 20 bilhões de dólares mas é um protegido de Maduro, foi declarado persona non grata no país, mas continuou vivendo na embaixada. Todos os dias, ele seguiu fazendo suas corridas pelas quadras arborizadas de Brasília, sem ser incomodado. A Polícia Federal abriu um inquérito de deportação, mas não fez mais nada, até que o general deixasse por conta própria o Brasil.

Neste domingo, 13, os venezuelanos homenagearam o deputado federal petista Paulo Pimenta (de branco, na foto), que discursou para os funcionários de Maduro. “Estou aqui na Embaixada da Venezuela no Brasil, na comemoração dos três anos do dia da resistência da luta de solidariedade ao povo venezuelano, quando nós expulsamos desta embaixada o grupo apoiado pelo Guaidó e pelo Bolsonaro que tentaram tomar de assalto e de forma violenta esta embaixada“, disse Pimenta, deixando claro que agiu contra funcionários de um governo reconhecido pelo Brasil. “Esse ato serviu como exemplo e como inspiração para a luta e para a resistência para aqueles que acreditam que vale a pena a gente transformar nossos sonhos em realidade. Viva a luta, viva a democracia.”

Assessores de Lula já deram várias indicações de que o próximo governo retomará relações com a ditadura venezuelana.

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