55 emendas contra a carteira de estudante gratuita
O PCdoB apresentou 55 das 163 emendas à medida provisória 895, que acaba com a exclusividade da União Nacional dos Estudantes, a UNE, e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, a Ubes, na emissão de carteirinhas estudantis. O volume deixa clara a preocupação da legenda com o esvaziamento das entidades que controla há mais de...
O PCdoB apresentou 55 das 163 emendas à medida provisória 895, que acaba com a exclusividade da União Nacional dos Estudantes, a UNE, e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, a Ubes, na emissão de carteirinhas estudantis.
O volume deixa clara a preocupação da legenda com o esvaziamento das entidades que controla há mais de duas décadas. O líder do partido na Câmara, Orlando Silva, e o deputado Renildo Calheiros (foto), irmão de Renan Calheiros, são alguns dos principais autores de emendas do PCdoB.
A MP lançada no início deste mês pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, acaba, na prática, com uma das principais fontes de financiamento da UNE e da Ubes — as duas entidades cobram pela emissão das carteirinhas de estudante. O valor é de 35 reais, mais o frete.
A medida provisória prevê a emissão gratuita por um aplicativo baixado em aparelhos celulares. Para quem quiser um documento físico, a Caixa Econômica Federal emitirá sem cobrança. O texto, contudo, não proíbe as entidades estudantis de continuarem emitindo os documentos.
Mesmo se o privilégio for mantido, o PCdoB e as organizações estudantis podem sair prejudicados. O eleitorado mais jovem não ficará satisfeito em saber que as entidades que deveriam representá-lo e facilitar seu acesso a eventos culturais cobra por um serviço que poderia ser de graça. E ainda por cima, à custa de uma burocracia que poderia ser eliminada com um aplicativo de celular.
Bolsonaro, quando assinou a medida provisória, a chamou de "MP da liberdade estudantil", dizendo que quem perderia com a inovação seriam apenas "movimentos de estudantes que não estudam, ligados a partidos políticos".
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Comentários (10)
Laerte
2019-10-17 12:45:29A esquerda brasileira está na contra mão da história! Sempre querendo "dinheiro" fácil, a atual situação do Brasil na EDUCAÇÃO tem a marca dessa esquerda asquerosa, que só quer o bem de seus dirigentes, estudantes e País que se dane! Vejam como são, ouvindo o Deputado Freixo querendo a liberação do uso de drogas em todo Brasil!
Uira
2019-10-15 13:26:15Pq não pode ser criada uma plataforma cujo objetivo seja um processo contínuo de desenvolvimento e adaptação às necessidades do mercado de trabalho no futuro e a formação de mão de obra no presente? Pq esta não pode ser parte de um sistema que integre diferentes agentes e entidades que realizariam funções diversas visando criar um ambiente dinâmico de ensino e aprendizado, agindo de forma autônoma, mas coordenada, cooperativa e colaborativa?
Uira
2019-10-15 13:20:41Pq as entidades não podem utilizar sua capacidade de mobilização e converter isto em eventos patrocinados voltados para enriquecer a experiência acadêmica e profissional dos estudantes? Pq não podem engajar os pais nestes eventos e incentivá-los a levar os filhos, mesmo que pequenos? Tecnologia é algo que tem grande apelo começando por crianças, não deveria ser difícil atrair pais querendo propiciar aos seus filhos experiências mais ricas para que eles aprendam desde cedo a criar e gerar valor.
Uira
2019-10-15 13:18:04Deveria haver pelo menos um time técnico para cuidar das questões de implementação dos apps e novos sites da Ubes, outro time para conversar com os estudantes e outro time para conversar com as empresas. Em uma fase inicial poderia ser só o time do app, mas isto teria que ser desdobrado conforme o processo cresce. Conforme o processo avança e as hipóteses vão sendo descartadas e refeitas, deveria começar a se formar um casamento entre as partes, UNES e UBES, Estudantes e terceiros.
Uira
2019-10-15 13:15:41Com a ideia de um app na mão e se pegando o que já existe dos sites da entidade, aí seria possível começar a se repensar como a "marca" e o "modelo de negócio" UNE e Ubes deveria ser reestruturado e reposicionado no "mercado". Uma vez estabelecidas as hipóteses do que pode ter apelo junto aos "usuários" (estudantes), aí elas seriam testadas junto a eles. Se for possível se engajar empresas no processo, então as hipóteses deveriam levar isto em consideração.
Uira
2019-10-15 13:13:35A carteirinha não devia custar nem 5 reais para ser confeccionada, mas era vendida a 35 reais se qq concorrência. Se fosse assim, seria lucro de pelo menos 30 reais (margem de incríveis 85,7%, separando margem da carteirinha com a da entidade, que gasta o dinheiro em um monte de coisas que nada tem a ver com a carteirinha). Que negócio no mercado paga isto? Com um time de 10 pessoas no máximo já deveria ser possível se esboçar um app, não precisa ser bom nem bonito, só precisa começar.
Uira
2019-10-15 13:09:53Para os estudantes há claramente um ganho (só para demonstrar como a lógica dos marxistas é na verdade monopolista, pois lá no fundo eles só encontraram uma foram de vender monopólio travestido de bondade, que basicamente consiste em dizer que o setor privado é mau, que o lucro é mau e eles são bons, pq o cidadão paga mais caro, mas ou não tem lucro ou então este fica para o Estado, basta ver a carteirinha, não era lucro, mas receita a ser convertida em prol da sociedade).
Uira
2019-10-15 13:07:03É possível que seja feita alguma parceria com o MEC para viabilizar alguma opção ou serviço para os estudantes que não tenha relação com carteirinha de estudante? Veja, que o fato de um serviço que era cobrado passar a ser gratuito libera o orçamento dos estudantes para algum outro tipo de serviço que não estava sendo oferecido por valor igual ou maior, ou seja, aumentará o valor que eles receberão, que agora é CARTEIRINHA DE ESTUDANTE + VALOR DO OUTRO SERVIÇO.
Uira
2019-10-15 13:03:41Se nem o PC do B, nem a UNE, nem a Ubes querem ficar queimados, então que provem que estão se evoluindo e se adaptando a nova realidade. Não há dentro da entidade gente que já possa trabalhar em um desenvolvimento de aplicativos de ambas em um projeto colaborativo? Não há como aproveitarem isto para se aproximarem de seu público e obterem junto a eles o que eles gostariam que o aplicativo tivesse? Isto tudo vai levar tempo e ajustes, portanto, não é necessário nada grande e complexo de início.
Uira
2019-10-15 12:59:34E como o monopólio da UNE e da Ubes prova, onde há estagnação, o processo de criação e geração de valor morre, pois a remuneração dos produtos e serviços não vêm do valor oferecido, mas da imposição e compulsoriedade. Portanto, não há qq incentivo em se melhorar a qualidade dos serviços oferecidos (esta na verdade se transforma em uma grande desculpa para se inchar mais ainda a máquina, mas o que se observa é que quanto mais gente entra, mais o custo por trabalhador aumenta).