Pazuello contradiz Pfizer e afirma que deu ‘20 respostas’; senadores pedem acareação
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello contradisse o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten e o gerente da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo (foto), sobre as negociações com o laboratório americano. O general afirmou que houve “20 respostas” à Pfizer nas tratativas de vacinas a partir de agosto do ano passado. Wajngarten...
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello contradisse o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten e o gerente da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo (foto), sobre as negociações com o laboratório americano. O general afirmou que houve “20 respostas” à Pfizer nas tratativas de vacinas a partir de agosto do ano passado. Wajngarten e Murillo declararam que, até novembro, o Ministério da Saúde não havia respondido às propostas da farmacêutica. Diante das divergências, o presidente da CPI, Omar Aziz, defendeu a realização de uma acareação entre o general e as outras testemunhas.
Pela primeira vez, Pazuello também atribuiu a responsabilidade a órgãos de controle do governo pelos problemas nas negociações com a Pfizer. Segundo o ex-ministro, a Advocacia-Geral da União, a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União deram pareceres contrários à assinatura do memorando de intenções com as cláusulas impostas pelo laboratório. “Mas assinamos mesmo com as orientações contrárias. Se não assinássemos, a Pfizer não entraria com pedidos na Anvisa”.
O ex-ministro da Saúde, no entanto, questionou os termos postos pela Pfizer na negociação. “A empresa não topava a discussão da tecnologia conosco, era porteira fechada”, justificou Pazuello. O general descreveu durante o depoimento as cláusulas impostas pela Pfizer que geraram a resistência do governo, como a isenção completa da empresa por efeitos colaterais, o pagamento adiantado e a exigência de que o presidente da República assinasse o contrato.
“Na primeira vez que ouvi isso, eu achei muito estranho”, contou Pazuello. Ele também questionou o valor de 10 dólares por dose, porque à época o governo mantinha tratativas para a compra da vacina de Oxford por 3,75 dólares.
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Comentários (2)
PAULO
2021-05-19 16:54:54O general Pazzuelo é um dissimulado. Um general de 4 estrelas dissimulado, ñ deve ser algo trivial. Ñ sei como são os trâmites para tomada de decisões nas Forças Armadas. Na iniciativa privada, muitas vezes o gestor tem que ir a campo levantar informações, para então tomar às decisões. O general Pazzuelo, hipocritamente, diz que ñ se reuniu com às farmacêuticas para comprar vacinas. Optou por ser omisso. Não foi proativo nas vacinas. Ñ foi proativo no oxigênio. Para q serve esse bosta?
ANTONIO
2021-05-19 12:17:46O Pansuelo está arrogante porque está protegido pelo habeas corpus que lhe lhe foi concedido por aquele órgão que muito nos envergonha. Queria ver ele bancar o durão, que sabemos que não é, se não estivesse vergonhosamente protegido! Vergonha para nossas FA!