Paulo Preto é preso em fase da Lava Jato que também investiga Aloysio Nunes Ferreira
O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto (foto), foi preso na operação Ad Infinitum, 60ª fase da Lava Jato deflagrada na manhã desta terça-feira, 19. A Ad Infinitum apura lavagem de dinheiro pela Odebrecht envolvendo Paulo Preto, considerado operador financeiro do PSDB, e Aloysio Nunes Ferreira, ex-ministro das Relaçõe Exteriores do governo...
O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto (foto), foi preso na operação Ad Infinitum, 60ª fase da Lava Jato deflagrada na manhã desta terça-feira, 19.
A Ad Infinitum apura lavagem de dinheiro pela Odebrecht envolvendo Paulo Preto, considerado operador financeiro do PSDB, e Aloysio Nunes Ferreira, ex-ministro das Relaçõe Exteriores do governo Temer. São realizados mandados de busca em endereços ligados aos dois.
O esquema envolveria a Odebrecht, Souza outros três operadores de esquemas financeiros ilegais: Rodrigo Tacla Duran, Adir Assad e Álvaro Novis, que atuaram juntos pelo menos entre 2007 e 2017. As transações investigadas superam 130 milhões de reais, e correspondiam ao saldo de contas controladas por Paulo Preto na Suíça no início de 2017, de acordo com o Ministério Público Federal.
A investigação levantou que Paulo Preto disponibilizou, a partir do segundo semestre de 2010, 100 milhões de reais em espécie a Adir Assad no Brasil. O valor foi repassado ao setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, aos cuidados do doleiro Álvaro Novis. O doleiro pagava propinas, a mando da empresa, para vários agentes públicos e políticos, inclusive da Petrobras.
Logo após o recebimento dos 100 milhões de reais, pagamentos em espécie foram feitos pela Odebrecht para os executivos da Petrobras Djalma Rodrigues, Maurício Guedes, Roberto Gonçalves, Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco e Sérgio Machado.
Segundo o Ministério Público Federal, em troca do repasse de Paulo Preto e Adir Assad, a Odebrecht transferiu dezenas de milhões de dólares para as contas do doleiro Rodrigo Tacla Duran no exterior. Duran enviava o dinheiro devido a Souza, depois de descontar suas comissões e as de Adir Assad pelo trabalho de lavagem do dinheiro.
A investigação também revelou que existiram transações ilícitas entre os investigados a partir de 2007. Uma delas, em 26 de novembro de 2007, foi por meio da empresa offshore Klienfeld Services Ltd. A Odebrecht usou a offshore para repassar 275.776,04 euros a uma conta controlada por Paulo Preto em nome da offshore Grupo Nantes, na Suíça.
Em dezembro daquele mesmo ano, a partir da conta do Nantes, foi solicitada a emissão de cartão de crédito para Aloysio Nunes Ferreira Filho. O banco foi orientado a entregar o cartão no Hotel Majestic Barcelona, na Espanha, para Aloysio, que estaria hospedado entre 24 de dezembro e 29 de dezembro no local.
Também foram identificados depósitos efetuados em 2008, por contas controladas pela Andrade Gutierrez e Camargo Correa, em favor da mesma conta controlada por Paulo Preto na Suíça, no valor global aproximado de US$ 1 milhão.
A prisão de Paulo Preto foi pedida porque, segundo a Procuradoria da República, haveria risco contra a ordem pública e a aplicação da lei penal se ele fosse deixado em liberdade. O Ministério Público ressaltou que em dezembro de 2016, quando o acordo da Odebrecht se tornou público, Paulo Preto mantinha cerca de US$ 34 milhões na Suíça, país que notoriamente tem cooperado com a Lava Jato. Logo em seguida, no primeiro trimestre de 2017, ele encerrou as contas e mandou o dinheiro para Bahamas, para impedir o bloqueio de valores fruto de atividade criminosa.
O ex-diretor da Dersa é investigado também por fraude na concessão de indenizações por remoções durantes as obras de construção do Rodoanel de São Paulo.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
FABIANO
2019-02-19 19:33:26E querem nos convencer que o problema econômico brasileiro foi gerado pela Previdência. Jamais! Todo o problema econômico pelo qual passamos é oriundo da má gestão das verbas públicas, do mau direcionamento do Caixa da Previdência, que teve tempo suficiente para crescer até que o primeiro cidadão se beneficiasse dele, e por fim, da corrupção sistêmica dos políticos gestores. Eles não saem do paraíso, mas os trabalhadores brasileiros sempre pagarão a conta que sempre porão nas suas costas.
Cirval
2019-02-19 19:26:55Daqui a pouco vão dizer que os Pretos são perseguidos até quando usam colarinho branco.
Eliete
2019-02-19 16:28:29Gilmar deve estar eufórico com as prisões, vai trabalhar, mandando soltar todo mundo!
Bruno
2019-02-19 15:58:47Sabia que Moro só tinha aceitado o cargo de Ministro para fazer a limpeza que o Brasil precisa. Não vejo a hora de ver alguns ministros do STF atrás das grades.
Rogério
2019-02-19 14:34:32A lava toga vai começar quando? Eles já decidiram como querem ser algemados, rsrs, a partir do momento que bateram martelo na “lei da algema”, pois aquele acinte ao ex-governador Cabral kkkkk acorrentado nos pés e nas mãos foi demais. Eles exigiram respeito e humanidade, rsrs Acho que legislaram em causa própria...
Rogério
2019-02-19 14:29:21O beiçola da “Grande Família” logo soltará essas “inocentes vítimas” das arbitrariedades do MP, da PGU e da JF. É preciso criar um cinturão de resistência (e também de segurança) em torno das castas que são perseguidas nesse país! Lula só está preso pq Beiçola ao recuar não contou com a mudança de entendimento de Rosa Weber. Essas coisas acontecem...
Flavio
2019-02-19 12:25:47Beiçola soltando em 3...2...
Flavio
2019-02-19 12:25:22Beiçola soltando em 3...2...
Nicolau
2019-02-19 11:56:58O famige$$rado Gilma vai soltar
Lucia Santucci
2019-02-19 11:55:35Tudo um absurdo... enquanto todos estes desvios os recursos para melhorar a vida como por exemplo dos professores... do Estado que seu aumento está vinculado as receitas em percentual da arrecadação não acontece é um salário pífio diante das necessidades dos mesmos. Pois o $QUE FICA PARADO nos paraísos fiscais não vão trazer nenhum benefício para Nação O CRime é dobrado, aínda bem que é inafiançável e não prescreve.