Partido Comunista Chinês projeta frase em palácio sagrado para tibetanos
Para comemorar o seu 100º aniversário neste dia 1º de julho, o Partido Comunista Chinês (PCC) projetou no Palácio Potala (foto), a antiga residência do Dalai Lama, em Lhasa, a frase: "Alegremente celebrando o 100º aniversário da fundação do Partido Comunista da China". Para os tibetanos, que foram invadidos pela China em 1950, a imagem causou...
Para comemorar o seu 100º aniversário neste dia 1º de julho, o Partido Comunista Chinês (PCC) projetou no Palácio Potala (foto), a antiga residência do Dalai Lama, em Lhasa, a frase: "Alegremente celebrando o 100º aniversário da fundação do Partido Comunista da China".
Para os tibetanos, que foram invadidos pela China em 1950, a imagem causou desconforto. "O Palácio Potala é sagrado. Por isso, ver o regime responsável pela destruição do Tibet projetando essa frase em um dos nossos lugares mais importantes é uma cena muito dolorosa, tanto para os tibetanos que vivem no Tibet como para os que estão no exílio", diz a tibetana-canadense Lhadon Tethong, diretora da organização Tibet Action, em Boston.
Em 1959, após soldados chineses reprimirem protestos em Lhasa, o Dalai Lama teve de fugir para a Índia, onde vive atualmente. O budismo tibetano pode ser praticado, mas sob rígido controle. Os locais usados em atividades precisam ter sido aprovados pelo partido, que também decide sobre as nomeações para cargos religiosos, publicações, finanças e inscrições para seminários. As organizações religiosas também são obrigadas a divulgar as políticas do PCC.
"Atualmente, crianças tibetanas estão sendo ensinadas nas escolas que não podem entrar nos monastérios budistas ou participar dos festivais religiosos. É assim que a ditadura tem tentado apagar os traços da identidade tibetana, como a religião e a língua", diz Lhadon. "Para Xi Jinping, essa é uma forma de neutralizar o que ele chama de resistência."
Assim como outras áreas habitadas por minorias étnicas na China, a maioria dos postos de governo, da polícia e das Forças Armadas do Tibet é ocupada por membros do PCC que pertencem à etnia Han, majoritária. A principal autoridade é o Politburo, com 25 membros do PCC. Nenhum deles é tibetano.
A ditadura de Pequim também estimulou a migração de chineses de integrantes da etnia Han para a região. Nos vídeos compartilhados nas redes sociais mostrando a projeção no Palácio Potala, vários chineses aparecem na praça em frente ao edifício, fazendo fotos. "Há chineses por toda parte. É como se estivéssemos na China", diz a pessoa que grava o vídeo.
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Comentários (5)
Carlos
2021-07-02 09:01:10A humanidade está enfrentando um perigo maior que o COVID, aliás o COVID é uma consequência deste mau maior que é o governo chinês.
sislandio
2021-07-01 23:25:56A dominação no Tibet foi feita pelada armas. No Brasil feita através do comércio. Nada, nada o maior parceiro comercial do Brasil.
André
2021-07-01 20:23:40Os porcos comunistas chineses estão mostrando os dentes. Não basta seu vírus a exterminar a humanidade.
Newton
2021-07-01 19:24:09E quem vai criticar? Todos os países tem medo de perder o cliente China. Enquanto isso eles fazem o que querem - perseguem minorias (religiões, etnias) e dissidentes. Ameaçam invadir Taiwan, ocupam mares de outros países, constroem bases militares no meio do Pacífico. E aí de quem for contra...
Cynthia
2021-07-01 17:58:41São nojentos estes chineses! Em todos os sentidos, em relação à higiene e em relação à falta de respeito. Pobres tibetanos.