Para Trump, cartéis mexicanos são mais perigosos que Rússia
Pete Hegseth, secretário de Defesa, ordenou suspensão das ações de cibersegurança que paravam os ataques do Kremlin
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Veículos de imprensa americanos e sites especializados em tecnologia afirmam que o governo dos Estados Unidos suspendeu as operações de cibersegurança contra a Rússia.
Entre elas, algumas ajudam a Ucrânia a se defender dos ataques russos no mundo virtual.
A ordem teria partido do secretário de Defesa, Pete Hegseth (foto), um ex-apresentador do canal Fox News que agora comanda o Pentágono.
"A instrução de Hegseth chega em um momento em que o Comando Cibernético está lutando para aumentar o pessoal para atacar os cartéis de drogas mexicanos, oito dos quais a administração rotulou formalmente como grupos terroristas. Autoridades de Trump defenderam ações militares contra pessoas e contra a infraestrutura dos cartéis para conter o fluxo de drogas através da fronteira", diz o site The Record, que deu a primeira notícia sobre o assunto.
Pete Hegseth
Segundo o The Record, "as fontes disseram que o Comando Cibertnético começou a compilar uma 'avaliação de risco' para Hegseth, um relatório que reconhece que a organização recebeu sua ordem, lista quais ações ou missões em andamento foram interrompidas como resultado da decisão e detalha quais ameaças potenciais ainda emanam da Rússia".
O site diz que a abrangência da decisão de Hegseth ainda é incerta.
Como a Rússia do ditador Vladimir Putin tem a maior máquina de desinformação do mundo, uma em cada quatro equipes de funcionários americanos que trabalham com ações de cibersegurança estão focados nesse país.
Estima-se que ao menos 10 mil funcionários podem ter sua rotina de trabalho afetada com a decisão.
Interferência eleitoral
A Rússia tem feito ataques a vários países do mundo, principalmente na época de eleições.
No final do ano passado, o Centro de Análise de Ameaças da Microsoft (MTAC) revelou que Rússia, Irã e China intensificaram esforços para interferir nas eleições americanas por meio de operações de influência online.
O relatório fornece detalhes sobre o uso de vídeos aprimorados por inteligência artificial, desinformação em mídias sociais, ataques cibernéticos para atingir candidatos e mecanismos para interromper o processo eleitoral.
"Agentes russos continuam tomando medidas para minar a campanha de Kamala Harris. Atores russos continuam a criar vídeos de deepfake aprimorados por inteligência artificial sobre a vice-presidente Harris. Em um vídeo, Harris é retratada supostamente fazendo comentários depreciativos sobre o ex-presidente Donald Trump. Em outra publicação feita por trolls, alinhados ao Kremlin, Harris é acusada de caça ilegal na Zâmbia. Por fim, outro vídeo espalha desinformação sobre o candidata democrata à vice-presidência, Tim Walz, obtendo mais de 5 milhões de visualizações no X nas primeiras 24 horas", afirmava a Microsoft no final do ano passado.
"Embora a maioria desses vídeos tenha recebido engajamento mínimo, eles destacam o uso contínuo pela Rússia de conteúdo tradicional e gerado por IA para influenciar o público dos EUA e fomentar a discórdia política. Também vimos alguns atores mudando sua estratégia de publicação de conteúdo do Telegram para o X, com o objetivo de alcançar audiências nos EUA", diz o documento.
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Comentários (1)
Luiz Carlos N. de Souza
2025-03-03 16:53:26Concordo com Trump! E PELAMORDEDEUS, inclua a máfia brasileira PCC+CV nessa lista. Se deixar pelos nossos políticos, isso aqui vai cada vez mais virar um estado narco...