Para Planalto e Centrão, Moro errou no cálculo político
Auxiliares do presidente Jair Bolsonaro e caciques do Centrão avaliam que o ex-ministro Sergio Moro (foto) errou o cálculo político ao decidir deixar o governo agora, atacando o chefe do Palácio do Planalto. O ex-juiz pediu demissão do Ministério da Justiça sob o argumento de que Bolsonaro tentou intervir não só no comando da Polícia...
Auxiliares do presidente Jair Bolsonaro e caciques do Centrão avaliam que o ex-ministro Sergio Moro (foto) errou o cálculo político ao decidir deixar o governo agora, atacando o chefe do Palácio do Planalto.
O ex-juiz pediu demissão do Ministério da Justiça sob o argumento de que Bolsonaro tentou intervir não só no comando da Polícia Federal, como em investigações que estavam em andamento.
No depoimento à PF divulgado nesta terça-feira, 5, pela imprensa, porém, o próprio Moro disse não poder afirmar que Bolsonaro cometeu crime e que esse juízo caberá às “instituições competentes”.
No Planalto, ministros e assessores presidenciais avaliam que o cálculo de Moro foi de que Bolsonaro cairia após participar de manifestações antidemocráticas nas últimas semanas e que, por isso, precisava se resguardar politicamente.
No Centrão, a avaliação é de que Moro errou no cálculo ao partir para o tudo ou nada, achando que Bolsonaro recuaria das trocas na PF, como fez outras vezes. O presidente, contudo, não cedeu, e o ex-juiz se viu sem saída.
“Ou Moro tem um projeto político muito bem construído e saiu estimulado por isso, achando que governo ia afundar e tentando se desgarrar, ou ele cometeu um erro de cálculo absurdo”, avaliou um líder do Centrão a Crusoé.
“É muito desproporcional sair atacando e ter aberto mão de tudo pela nomeação do diretor-geral e da PF e do superintendente do Rio de Janeiro. Essa história é bastante estranha”, emendou esse parlamentar.
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