Para Alexandre de Moraes, greve de policiais no Ceará é 'inadmissível'
O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal, classificou como “inadmissível” o movimento grevista de policiais militares no Ceará, informa o G1. O senador licenciado e ex-governador do estado, Cid Gomes, foi baleado em Sobral durante uma das manifestações na tarde de quarta-feira, 19, ao tentar furar, com uma retroescavadeira, o bloqueio feito...

O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal, classificou como “inadmissível” o movimento grevista de policiais militares no Ceará, informa o G1. O senador licenciado e ex-governador do estado, Cid Gomes, foi baleado em Sobral durante uma das manifestações na tarde de quarta-feira, 19, ao tentar furar, com uma retroescavadeira, o bloqueio feito por agentes no quartel.
Ex-secretário de Segurança de São Paulo e ex-ministro da Justiça, Moraes lembrou que são ilegais greves de integrantes das forças de segurança, como policiais militares, policiais civis, bombeiros e agentes penitenciários, conforme decisão do STF em 2017. À época, os ministros entenderam que, por se tratar de um braço armado do Estado, a polícia não pode fazer paralisação, pois toda a sociedade acaba prejudicada.
Ao abordar o caso do senador Cid Gomes, que está com quadro de saúde estável, o ministro da Suprema Corte afirmou que a situação poderia ter terminado em um “morticínio gigantesco”. "O que vem acontecendo no Ceará é inadmissível. Crime de dano ao patrimônio público, destruindo viaturas, tiros. Eu não entro no mérito dos fatos porque não estava lá. Mas onde já se viu policial que se queira policial - e eu tenho certeza que no STF não tem ninguém que tem mais admiração pela polícia do que eu - mas, como se pode disparar tiros a esmo? Podia ter sido um morticínio gigantesco. É ilegal e tem que ter consequências tanto na justiça comum quanto na criminal", argumentou.
Para controlar o movimento grevista no Ceará, o Ministério da Justiça e Segurança Pública enviou ao estado equipes da Força Nacional de Segurança, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal.
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Comentários (10)
Ruy
2020-02-22 10:35:27Nem uma palavrinha sobre jogar escavadeira sobre pessoas?
Roberto
2020-02-20 20:47:03Ministro o STF está em greve faz tempo. 🤔
Rafael
2020-02-20 19:26:04É lógico que a greve é ilegal, assim como a atitude do Senador também foi ilegal! Agora, por que o Ministro está dando opinião?
César
2020-02-20 18:45:30Tanto como é inadmissível você ser do STF, se bem que se merecem, está ruim a coisa, que se nivela rês do chão.
Patricia
2020-02-20 17:55:23Se nem esses ditos ministros respeitam as próprias diretrizes e cada um toma sua decisão monocraticamente, atropelando decisões do colegiado, como é que a raia miúda vai respeitar também ? E daí que o supremo diz que policial fazer greve é ilegal? Eles estão fazendo e pronto. Não vejo ninguém com medinho do que o STF diz ser ou não proibido. Dêem o exemplo que o povo segue. Senão vira bandalha como estamos vendo agora.
Jurandir
2020-02-20 17:46:41concordo com o ministro, tem que ter o mínimo de bom senso, polícia que age com vandalismo e se amotina não merece respeito
Laonte
2020-02-20 17:32:14Os policiais não fariam paralização à toa, deve ter engolido a seco por muito tempo e o elemento Cid andou assistindo filmes de ficção e foi tentar imitar recebeu o que mereceu.
Antonio Lopes
2020-02-20 16:50:42Esse "ministro " está fazendo uma leitura equivocada da questão, os tiros não foram a esmo, foram tiros de contenção mediante grave ameça contra pessoas desarmadas que estavam exercendo o direito. Foi legitima de defesa,se esse cara não fosse senador da república a repercussão não seria essa.
Nilton
2020-02-20 16:48:57Tudo bem, Alexandre, da mesma forma que também é inadmissível tentar passar com um trator sobre policiais e seus familiares. Um erro não justifica outro. Minha opinião é que o atirador agiu em legítima defesa.
Salomão
2020-02-20 16:48:11Yul Brynner, Isso todo mundo já sabe! O que queremos saber qual a legalidade de retroescavadeira nas mãos do senador? Fale algo.