Países latino-americanos exigem salvo-conduto a asilados em embaixada em Caracas
Argentina, Uruguai, Paraguai, República Dominicana e Costa Rica expressaram preocupação com a situação na embaixada; o Itamaraty silenciou
Pelo menos quatro países latino-americanos --Uruguai, Paraguai, República Dominicana e Costa Rica-- se uniram à Argentina para exigir que a ditadura de Nicolás Maduro conceda salv0-conduto aos seis opositores refugiados na embaixada argentina em Caracas.
No sábado, 7, o Ministério das Relações Exteriores da Argentina expressou "sua máxima preocupação" com a situação "alarmante e grave" na embaixada em Caracas, onde as vidas de seis requerentes de asilo enfrentam "perigo iminente".
"Exigimos que o regime de Maduro entregue imediatamente os salvo-condutos que garantam a sua saída segura. Apelamos a ONU, OEA e a todos os países para que tomem medidas firmes e urgentes."
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Uruguai, Paraguai, República Dominicana e Costa Rica
Em comunicado, a chancelaria do Uruguai expressou "extrema preocupação" com a situação dos asilados na embaixada da Argentina em Caracas, solicitando respeito à Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961 e à Convenção de Caracas sobre Asilo Diplomático de 1954.
O governo uruguaio exige "que as autoridades venezuelanas que permitam a saída dos asilados do país, sem pôr em perigo a sua vida, liberdade ou segurança pessoal".
O Paraguai também "apoia o pedido da República Argentina às autoridades venezuelanas para que concedam no menor tempo possível o salvo-conduto previsto na Convenção sobre Asilo Diplomático, de modo que as seis pessoas asiladas em sua embaixada possam deixar a Venezuela com segurança, cuidando do estado deteriorado e delicado estado de saúde".
Em solidariedade à reivindicação argentina, o Ministério das Relações Exteriores da República Dominicana instou as autoridades venezuelanas a agirem de acordo com o direito internacional.
"Trata-se de um pedido com apego ao direito internacional público, ao princípio humanitário e ao bom senso que deve prevalecer."
Já o Ministério das Relações Exteriores da Costa Rica classificou as ações do regime chavista contra os asilados na embaixada da Argentina em Caracas como "inaceitáveis" e exigiu a emissão "imediata" de salvo-condutos para garantir a saída segura dos opositores de Maduro.
E ao Brasil?
Ao contrário de Argentina, Uruguai, Paraguai, República Dominicana e Costa Rica, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil se mantém em silêncio sobre o cerco da ditadura de Maduro aos opositores refugiados na embaixada argentina em Caracas.
Desde a expulsão do encarregado de negócios argentino da Venezuela em agosto, o Brasil tem sido responsável pela custódia da embaixada argentina na capital venezuelana.
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Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2024-12-10 11:23:21A ditadura criminosa que massacra e humilha o país dos macunaímas e manés nada diz por que? será o medo do Maduro dizer ao mundo o que sabe sobre as eleições de 2022? relaxem que Trump já avisou que em "primus actus" fará isto e aí veremos ... ditadores unidos serão derrotados pela dignidade do povo, aguardem e verão,