Negócios de operador do MDB com a Qualicorp na mira do MPF
O Ministério Público Federal em Brasília investiga os negócios entre o operador do MDB, Milton Lyra (foto), e a Qualicorp. E-mails indicam a existência de tratativas para uma transação entre a operadora de saúde e uma empresa ligada ao lobista, sob suspeita de ter sido utilizada para o recebimento de propinas. O dinheiro teria sido...
O Ministério Público Federal em Brasília investiga os negócios entre o operador do MDB, Milton Lyra (foto), e a Qualicorp. E-mails indicam a existência de tratativas para uma transação entre a operadora de saúde e uma empresa ligada ao lobista, sob suspeita de ter sido utilizada para o recebimento de propinas. O dinheiro teria sido desviado do fundo de pensão dos Correios, o Postalis.
Nas últimas três semanas, diversas investigações fecharam o cerco sobre Lyra. Em uma delas, no STF, a PGR desconfia de que ele teria sido intermediário do pagamento de propina por um empresário do setor portuário ao ex-presidente do Senado, Renan Calheiros. Na Operação Descarte, deflagrada em São Paulo, um advogado delator o acusa de ser o elo das propinas em espécie entre o banco BMG e Eduardo Cunha e Romero Jucá.
Os negócios entre Lyra e a Qualicorp apareceram em uma investigação da força-tarefa Postalis em que ele está sob suspeita de integrar um grupo que provocou um rombo de 87 milhões de reais ao fundo de pensão. Lyra chegou a ser alvo de buscas e apreensões.
O Ministério Público Federal encontrou procurações e trocas de e-mail que envolveram negociações entre a empresa Medicando, sediada no Lago Sul, em Brasília, e pertencente ao lobista, e a Conectmed, adquirida pela Qualicorp em 2014. A Medicando é investigada por receber dinheiro fruto das fraudes no Postalis.
"Uma hipótese possível para explicar o vínculo entre tais pessoas tendo em vista outros contextos ilícitos já expostos e o modus operandi da organização criminosa liderada por Milton Lyra, é que Milton estivesse atuando em benefício dos interesses da Qualicorp S.A. para receber vantagens indevidas em contrapartida à sua atuação", afirma o Ministério Público Federal, no pedido pela deflagração da Operação Combustão.
Em nota, Milton Lyra afirma ser vítima de uma "perseguição implacável " do Ministério Público Federal. "O que o MPF tem feito até hoje, em relação a mim, é lançar suposições e fantasias como se fossem fatos concretos. Todas as minhas atividades sempre foram absolutamente lícitas".
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (4)
Ary
2020-11-03 14:30:51Eles continuam fazendo o de sempre. Segue o baile? com certeza!
André
2020-11-01 10:03:28Qualicorp, Gamecorp, JBS, Empresas X do Eike, grandes empreiteiras, etc., tudo mutretas petistas para arrancar dinheiro do pobre povo brasileiro e enriquecer bandidos de colarinho branco da noite p/ o dia! Estejam certos, onde tem PT, tem roubo de dinheiro do povo ou do Tesouro Nacional. Todos os envolvidos levaram, inclusive Lula e Dilma! Todos na cadeia já. Caro presidente do STF, Dr. Luiz Fux, faça a Justiça funcionar, em vez de lagostas e vinhos importados, computadores, técnicos, softwares!
MARCOS
2020-10-31 20:45:46Cadeia nele e ele vai abrir o "bico".
Aguia
2020-10-31 19:45:00Renan, Renan...pra que ressuscitar pô?