EUA vão intervir contra a ditadura de Nicolás Maduro?
Mercados de previsão como o Polymarket estimam 56% de chance de engajamento militar entre EUA e Venezuela até 31 de dezembro de 2025, com 22% até 31 de outubro

Diosdado Cabello, ministro da Justiça da Venezuela e braço direito do ditador Nicolás Maduro, discursou para militares, nessa quinta-feira, 16 de outubro, com um facão na mão, durante uma cerimônia em Carayaca, no estado de La Guaira.
Em resposta às recentes ameaças de interferência na Venezuela feitas pelos Estados Unidos, ele afirmou que irá combatê-las com as "armas do povo" e, se for necessário, defenderá a pátria "até com os dentes".
O pronunciamento acontece após Trump autorizar operações da Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA em território venezuelano.
"Depois não vale pedir tempo. Porque, quem tenta entrar aqui, sabe que vai enfrentar um camponês com um facão na mão em qualquer lugar, com um fuzil da pátria em qualquer esquina, porque hoje, as armas do povo, as tem o povo. As armas da nação, as tem o nosso povo, para cuidar da pátria, de qualquer inimigo. Se chame como se chame, venha de onde venha", afirmou o ministro.
Cabello exaltou a soberania da Venezuela e estimulou a população a combater as supostas ameaças externas:
"De Caraca, o povo camponês jura pronto para defender a pátria, a terra e a revolução. Aqui não há medo nem rendição: há dignidade, consciência e amor pela Venezuela", destacou o ministro.
Escalada da tensão
A tensão entre os Estados Unidos e o regime de Nicolás Maduro na Venezuela escalou significativamente. Não há evidências de uma invasão iminente em grande escala, mas há indícios de operações mais limitadas.
Trump autorizou operações letais da CIA na Venezuela, incluindo ações contra alvos associados ao regime, como parte de uma escalada para pressionar Maduro a abdicar.
Há discussões internas nos EUA sobre ataques terrestres ou aéreos diretos, mas sem confirmação oficial.
Movimentações militares
Os EUA posicionaram bombardeiros B-52, helicópteros e forças navais no Caribe, incluindo cerca de 10.000 tropas, com potencial para aumento. Isso inclui voos próximos à costa venezuelana como demonstração de força.
Ataques recentes a barcos de drogas foram executados por forças navais, e há planos para operações anfíbias ou aéreas para neutralizar defesas aéreas venezuelanas ou capturar alvos chave, como Maduro, com apoio de militares locais dissidentes.
Maduro mobilizou tropas e milicianos, ativando drones, fortificando costas e coordenando defesas com as forças armadas. O exército está em alerta máximo. Agentes cubanos protegem o círculo interno de Maduro, adicionando camadas de segurança.
Não há relatos de confrontos diretos, mas a Venezuela acusa os EUA de preparar uma invasão.
Essas movimentações são vistas como excessivas para mera luta antidrogas, sugerindo preparação para ações mais amplas, mas o Departamento de Defesa dos EUA pode não ter capacidade para uma invasão total sem aliados como Colômbia ou Brasil.
Probabilidades
Mercados de previsão como o Polymarket estimam 56% de chance de engajamento militar entre EUA e Venezuela até 31 de dezembro de 2025, com 22% até 31 de outubro. Isso inclui ataques aéreos e navais, mas não necessariamente uma invasão em terra.
É baixa a probabilidade de uma invasão em escala completa. Esse tipo de invasão está estimada em cerca de 12% para 2025, devido a custos altos, perdas potenciais e falta de capacidade logística dos EUA sem aliados regionais.
Analistas militares indicam que uma intervenção plena poderia levar ao caos, com milhares de mortes e sem melhoria real para os venezuelanos, similar a intervenções passadas como no Panamá ou Iraque.
A probabilidade mais alta é de ataques precisos ou operação encoberta ( probabilidade de até 70% segundo alguns assessores de segurança), focando em neutralizar defesas e capturar líderes, com apoio de dissidentes internos. Nessa caso, falhas são possíveis devido à proteção cubana e lealdade militar.
A Polymarket dá ainda 18% de chance de Maduro deixar o poder em 2025, possivelmente por pressão interna ou externa, mas sem intervenção direta.
A situação é fluida, com riscos de escalada se houver mais incidentes no Caribe. Fontes indicam que os EUA buscam enfraquecer Maduro sem um compromisso total, mas o custo político e humano de uma intervenção plena é visto como proibitivo.
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Comentários (1)
Clayton De Souza pontes
2025-10-18 16:56:05Será que vão utilizar drones para monitorar ou atacar alvos?