Os dias de Trudeau como primeiro-ministro do Canadá estão contados?
Em novembro, Justin Trudeau completa nove anos como primeiro-ministro do Canadá. As coisas, no entanto, não estão tão boas para o líder do segundo maior país do mundo em tamanho e uma das 10 maiores economias do planeta. Com uma popularidade em queda, o liberal não deve ter maioria para formar um novo governo nas...
Em novembro, Justin Trudeau completa nove anos como primeiro-ministro do Canadá. As coisas, no entanto, não estão tão boas para o líder do segundo maior país do mundo em tamanho e uma das 10 maiores economias do planeta. Com uma popularidade em queda, o liberal não deve ter maioria para formar um novo governo nas próximas eleições.
Pesquisas de opinião com canadenses, agregadas pelo site 338 Canada, indicam que o partido Liberal de Trudeau está cerca de 17 pontos percentuais atrás do partido Conservador, principal legenda de oposição no parlamento do país. Se os números se mantiverem até as eleições parlamentares — que devem ocorrer obrigatoriamente até outubro de 2025 — o comando do país deve ir a Pierre Poilievre, atual líder da oposição.
Nos últimos meses, pesaram contra Trudeau não apenas os ataques costumeiros da oposição, como uma série de fatores cuja culpa recaiu diretamente sobre ele. O aumento do custo de vida, os problemas ambientais (o país sofre com incêndios florestais cada vez mais severos), as políticas no combate à pandemia de Covid, todos eles recaíram sobre Trudeau.
Sua popularidade, que chegou a 55% no início da pandemia, caiu para abaixo de 30% pela primeira vez, indicou o instituto Angus Reid em abril. A tendência é de queda e já motivou momentos constrangedores para Trudeau: há duas semanas, uma repórter questionou por que ele ainda permanece no cargo. E uma nova biografia sua, a ser lançada nos próximos dias, o define como um narcisista e o define como um príncipe (ele é filho mais velho de Pierre Trudeau, que foi primeiro-ministro canadense por 15 anos).
Apesar da derrota parecer cada vez mais real, Trudeau não dá sinais de que quer deixar o cargo, e diz ansiar pela eleição para competir contra Poilievre.
É um caso muito semelhante ao que passa o Reino Unido: lá, são os conservadores que decidiram adiantar as eleições, mesmo com as pesquisas mostrando a legenda muito atrás do partido trabalhista.
Leia mais em Crusoé: Afinal, o que mostram as pesquisas eleitorais na Inglaterra?
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