Os desafios de Macron para o segundo turno com Marine Le Pen na França
Depois de vencer o primeiro turno nas eleições na França por um placar apertado, o presidente francês, Emmanuel Macron, terá o desafio de conquistar votos do candidato de extrema-esquerda, Jean-Luc Mélenchon, sem comprometer suas promessas de campanha, com forte viés liberal. Macron terminou o primeiro turno com 27,85% dos votos e disputará o segundo turno...
Depois de vencer o primeiro turno nas eleições na França por um placar apertado, o presidente francês, Emmanuel Macron, terá o desafio de conquistar votos do candidato de extrema-esquerda, Jean-Luc Mélenchon, sem comprometer suas promessas de campanha, com forte viés liberal. Macron terminou o primeiro turno com 27,85% dos votos e disputará o segundo turno contra Marine Le Pen, que alcançou 23,15%.
Representante da extrema-esquerda, Jean-Luc Mélenchon surpreendeu e ficou em terceiro lugar com 21,95% do eleitorado francês -- as pesquisas realizadas nos dias anteriores à eleição mostravam Mélenchon com apenas 15%. Integrantes da campanha de Macron querem focar na conquista de boa parte desses votos. “É uma nova campanha que começa agora”, afirmou Macron, na noite de domingo, pouco depois de encerrada a votação.
O presidente francês vai repetir a disputa de 2017, quando venceu Marine Le Pen no segundo turno. O cenário agora, entretanto, é considerado muito mais “perigoso” pela equipe de Macron. Eleitores de Mélenchon são contra Marine Le Pen, representante da extrema-direita, mas muitos se recusam a votar em Macron. Por isso, é esperada uma alta taxa de abstenção no segundo turno.
Mélenchon não declarou voto em Macron para o segundo turno e afirmou que vai consultar seu partido e seus eleitores para se posicionar. Mas, em discurso após o encerramento da votação, o candidato bradou contra a representante da extrema-direita. “Vocês não devem dar um único voto a Marine Le Pen”, disse Mélenchon.
Outro desafio à frente de Macron é se dedicar mais à campanha e às viagens pelo país. Desde o início da guerra da Ucrânia, o presidente francês tem se esforçado para vender a imagem de liderança nos esforços pela paz. Mas, com uma campanha difícil à frente, a atuação internacional terá que ficar em segundo plano nas próximas duas semanas.
Estrategistas políticos também veem como obrigatória a presença de Emmanuel Macron nos debates do segundo turno. Na primeira etapa da campanha, ele se recusou a enfrentar os adversários, o que irritou muitos eleitores.
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Comentários (2)
Leandro
2022-04-11 20:41:29Le Pen é radical de direita e como JB e Trump, são apoiadores de Putin. Td junto e misturado. Não importa mais esquerda ou direita, o q eles querem é o poder absoluto, a ditadura, mesmo q disfarçada como a de Putin. Td força contra ditadores, seja onde for.
Amaury G Feitosa
2022-04-11 12:56:09Zé ou Mané à França dividida entre extremos só resta o ridículo Macron ... e lá o mandato é de sete anos ... lascaram-se ... às armas sans culotes kkkkk.