ONU atenta à transição na Síria
Conselho de Segurança defende que novo governo sírio deve se pautar em resolução para garantir um processo que "satisfaça o povo"
A transição do novo governo sírio, sob o comando do grupo terrorista Tahrir al-Sham (HTS), está sendo acompanhada pelo Conselho de Segurança da ONU.
Os países membros, incluindo a Rússia que financiava o regime de Bashar Assad, emitiram um comunicado apelando para que a transição satisfaça "as aspirações legítimas de todos os sírios".
Segundo o texto, o processo deve ser baseado "nos princípios básicos estabelecidos pela resolução 2254 do Conselho de Segurança".
Esta resolução estabelece um calendário para uma transição política, incluindo a criação de uma nova Constituição, além de eleições limpas sob a supervisão da ONU.
O Conselho de Segurança tem instado ainda os países de evitarem "qualquer interferência mútua" na Síria.
Na capital Damasco, o enviado especial da ONU Geir Pedersen disse a jornalistas que "há muita esperança de que possam ver o início de uma nova Síria", apesar de pouco tempo desde a deposição de Assad.
Pedersen, contudo, afirmou que a "guerra ainda não acabou".
Ele se referiu ao conflito entre as Forças Democráticas Sírias, liderada pelos curdos, e os rebeldes apoiados pela Turquia.
Os grupos armados disputam territórios no Nordeste do país.
Segundo o líder da transição, Bashir Mohammed, o novo governo legítimo tomará posse após o dia 1º de março de 2025.
Legitimidade
O HTS tenta ter legitimidade do povo sírio, de países do Ocidente e até da Rússia.
Nos primeiros dias, os líderes da organização terrorista convocaram os refugiados a retornarem o país sob melhores condições econômicas.
Estima-se que mais de 5.000 sírios retornaram ao país de origem após a queda de Assad.
Com a Rússia, o HTS negocia maior participação nas discussões internacionais em troca do Kremlin seguir controlando as bases militares de Khmeimim e Tartus, segundo revelou a revista The Economist.
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