ONG cobra assistência médica a presos políticos de Maduro
Américo de Grazia e Emirlendris Benítez tiveram o estado de saúde deteriorado, mas não receberam os cuidados médicos necessários

A ONG venezuelana Justiça, Encontro e Perdão alertou no domingo, 23, sobre a deterioração do estado de saúde de dois presos políticos que estão sob a custódia da ditadura de Nicolás Maduro: o ex-deputado Américo de Grazia, detido após a farsa eleitoral de 28 de julho de 2024, e Emirlendris Benítez, presa desde 2018.
"Ele [Américo de Grazia] sofre de várias condições graves, incluindo infecções pulmonares, distúrbios da próstata, problemas digestivos, dor crônica e complicações neuromusculares. No entanto, ele não recebeu a atenção médica necessária", afirmou a ONG no X.
"Este caso destaca a necessidade urgente de o Estado garantir acesso a cuidados médicos adequados a todas as pessoas privadas de liberdade, especialmente aquelas com condições graves de saúde", acrescentou, lembrando que o direito à saúde é um direito humano fundamental, protegido tanto pela Constituição venezuelana quanto por tratados internacionais.
Sobre Emirlendris, a ONG afirmou que ela tem "lutado incansavelmente por sua saúde desde que foi privada de liberdade".
"Embora tenha recebido visitas de profissionais médicos do SENAMECF, ela ainda não recebeu autorização para se submeter aos exames médicos necessários para avaliar sua saúde e bem-estar. Sua saúde continua a piorar devido à falta de ação", continuou.
"Exigimos acesso imediato aos exames médicos e terapias adequados necessários à sua condição para evitar que sua saúde piore ainda mais. Assistência médica deve ser fornecida sem mais demora", completou.
Andreína De Grazia, filha de Américo, disse em fevereiro que não teve contato com o pai, acusado dos supostos crimes de "incitação ao ódio" e "incitação à rebelião".
"Tudo o que tivemos durante todo esse tempo foi silêncio, humilhação, isolamento, incerteza... SEM respostas, SEM direitos e muito menos liberdade. JUSTIÇA AGORA!", diz uma mensagem publicada no domingo no Instagram de Américo de Grazia.
Conforme balanço realizado pela ONG Foro Penal, a ditadura de Maduro mantém 894 presos políticos, dos quais 745 não foram julgados.
Pelo menos 58 continuam com paradeiro desconhecido.
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