Ofensiva na guerra da comunicação sobre agrotóxicos
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina (foto), convocou a imprensa para explicar o aumento de liberações de defensivos agrícolas no país na manhã desta terça-feira, 6. A entrevista coletiva é uma ofensiva do governo Bolsonaro no debate internacional sobre segurança alimentar e a política ambiental, depois de, na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro participar, ao...
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina (foto), convocou a imprensa para explicar o aumento de liberações de defensivos agrícolas no país na manhã desta terça-feira, 6.
A entrevista coletiva é uma ofensiva do governo Bolsonaro no debate internacional sobre segurança alimentar e a política ambiental, depois de, na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro participar, ao lado de três ministros, de uma entrevista coletiva para questionar os dados sobre o crescimento do desmatamento na Amazônia
“Estamos incomodados com o fato de um tema tão complexo ter se tornado combustível para uma guerra política aqui dentro e uma guerra comercial lá fora”, disse a ministra, logo no início de sua apresentação.
Tereza está acompanhada do secretário de Defesa Agropecuária da pasta, José Guilherme Leal, do diretor da Anvisa, Renato Porto, e da diretora de Qualidade Ambiental do Ibama, Carolina Mariani. Também participam da coletiva os pesquisadores Caio Carbonari, da Unesp, e Eloísa Caldas, da Universidade de Brasília, para apresentar dados que contestam a versão de que o país virou o paraíso dos agrotóxicos.
A presença do secretário de Comunicação do Palácio do Planalto, Fabio Wajngarten, evidencia a intenção do governo de ganhar a guerra da comunicação sobre o assunto. Wajngarten é homem de confiança do presidente e responsável por uma operação em curso para melhorar a relação de Bolsonaro e do governo com os meios de comunicação, especialmente os canais de televisão. Discreto, não costuma aparecer em entrevistas coletivas nem em eventos fora do Palácio do Planalto.
Tereza Cristina, os secretários e os pesquisadores afirmam que estão sendo liberados registros industriais que não necessariamente chegarão aos consumidores. E acrescentam que dos 262 produtos registrados neste ano, apenas sete são novos.
Eles alertam que os dados divulgados sobre o uso de defensivos estão sendo manipulados, sem a adoção de parâmetros como toneladas de agrotóxicos usados por hectare, para dar uma real dimensão da sua aplicação.
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Comentários (10)
Jales
2019-08-07 01:19:03A briga da informacao. Comercial e politica. Falta entidades serias e isentas sobre a questão da toxidade desses produtos defensivos agricolas.
Renato
2019-08-06 14:48:16Crusoé, como veículo de imprensa sério que é, tem, agora, a missão de checar as informações, hoje, apresentadas. E de continuar a ser um farol de independência e qualidade dentro do mar de mediocridade que se tornou boa parte da mídia brasileira. O governo Bolsonaro, (principalmente o próprio presidente) não se expressa pessimamente. Isso é fato. Mas a grande imprensa vem publicando bobagens sobre esse assunto e a questão ambiental, capazes de envergonhar qualquer calouro de agronomia.
Oswaldo
2019-08-06 14:21:09Revolver na mao de macaco e um perigo
Catilinário
2019-08-06 12:32:47Nova fase na guerra de informação-desinformação. Esperamos transparência nas comunicações do Governo.
Alexandre
2019-08-06 12:28:15Boa parte dessa grande imprensa mais desinforma do que informa... Foi assim no caso em tela.
Cretino
2019-08-06 11:59:57Vejam que Tio Donald, irresponsavelmente, tentou peitar a China além dos limites do bom senso e da negociação. A China, o maior comprador mundial (além dos USA), deu troco pesado. Isso poderá desequilibrar a economia mundial. Já afetou o mercado. Tio Donald já mostra querer recuar. Bem feito. A mesma irresponsabilidade se aplica ao JB, um boçal. Ele está forçando os limites do equilíbrio e do bom senso. Ele parte para a confrontação em tudo. Imitação grosseira do Tio Donald, que tem poder.
Magda
2019-08-06 11:41:24A despeito da importância da economia num foco capitalista, precisamos vigiar isso. Sou uma defensora dos alimentos saudáveis. É preciso entender o que deseja a Ministra nessa seara. Apoio Bolsonaro nessa luta para reerguer nossa economia mas os parâmetros precisam ser demonstrados com clareza.
JOAO
2019-08-06 11:29:01A direita nunca promoveu a sua ideologia. Agora precisa ocupar os mesmos espaços de comunicação dominados pela esquerda. Quem nunca cresceu ouvindo nos quatro cantos do mundo que o capitalismo é o mal e o comunismo é o bem? Daí a esquerda se fez forte. Dominou a cultura, o meio acadêmico e o meio social. Chegou ao poder e fudeu com tudo e com todos. A hegemonia da esquerda precisa ser combatida. E ainda há medíocres acreditando que não.
Francisco
2019-08-06 11:16:26Claro! Mostrem números, dados científicos, estatísticas, chega de achismo. Façam um governo sério fora da cabeça do JB.
Rodrigo
2019-08-06 11:15:16Vamos ver os fatos porque até agora só boatos e fakes. Aliás os embaixadores, diplomados do Rio Branco, poderiam estar defendendo o Brasil. Esta na hora de mostrar porque o investimento em vocês vale a pena.