O significado da viagem de Alberto Fernández a Israel
O presidente da Argentina, Alberto Fernández (foto), chegou nesta quarta-feira, 22, a Jerusalém, em Israel, para participar de um encontro em memória do Holocausto. A escolha de Israel como destino da primeira viagem internacional de Fernández, que assumiu em dezembro, pode ser uma tentativa do presidente de se mostrar como um político moderado para o...
O presidente da Argentina, Alberto Fernández (foto), chegou nesta quarta-feira, 22, a Jerusalém, em Israel, para participar de um encontro em memória do Holocausto.
A escolha de Israel como destino da primeira viagem internacional de Fernández, que assumiu em dezembro, pode ser uma tentativa do presidente de se mostrar como um político moderado para o resto do mundo.
"Há uma decisão política clara por trás da viagem para Israel, um país que sempre foi crítico da política exterior argentina em relação ao Oriente Médio", diz Ariel González Levaggi, especialista em relações internacionais da Universidade Católica Argentina. "A ideia é mostrar que Fernández será um presidente mais moderado do que foi Cristina Kirchner em seu segundo mandato." Ao se aproximar de Israel, os argentinos também querem ficar bem com os Estados Unidos.
A viagem para Israel, porém, vai na contramão de decisões recentes do governo de Fernández, que deu refúgio ao ex-presidente boliviano Evo Morales. Essas contradições, segundo Levaggi, são resultado da heterogeneidade da coalizão de governo de Fernández, a Frente de Todos.
"Entre os partidos que são a base do governo, há desde peronistas moderados a militantes da esquerda mais radical. Com essa mistura, fica difícil encontrar uma lógica ou uma racionalidade na política exterior", diz Levaggi. "Apesar disso, o que já se pode deduzir é que não será uma política externa tão extrema como foi a de Cristina Kirchner. A diplomacia de Alberto Fernández terá algum grau de pragmatismo."
A Argentina foi palco de dois atentados terroristas do Hezbollah. O primeiro, em 1992, atingiu a Embaixada de Israel em Buenos Aires. O segundo, em 1994, destruiu o prédio da Associação Mutual Israelita Argentina. A vice-presidente Cristina Kirchner, que assumirá temporariamente a presidência durante a viagem de Fernández, foi acusada de traição à pátria por acobertar a autoria dos ataques.
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Comentários (10)
Valderes
2020-01-23 15:50:57A principal missão do presidente da Argentina é controlar a amiga da Dilma, Cristina, e seus companheiros hermanos. Se conseguir essa façanha talvez sobreviva aos quatro anos de mandato.
Vânia
2020-01-23 12:18:30Como poste de Cristina Kirchner, até que ele é bem mandado. Resta saber o que ela quer com essa visita hipócrita...
ANTONIO
2020-01-23 09:41:43Os argentinos vão sofrer muitopor essa escolha esquerdista. O Brasil pagou muito caro mas tem uma economia poderosa e já estamos saindo do desastre petista
Manuel
2020-01-23 09:32:18A argentina esta mais perdida que cego em tiroteio, todos mandam, ninguém obedece, como a orquestra onde cada um toca por conta própria e tocam o mesmo tango já faz oitenta anos, de fracasso em fracasso.
Leonard Nimoy
2020-01-23 07:06:16El buesta y el dragón
José
2020-01-23 00:11:57Vejam na Netflix o documentário sobre o caso Nismam, assassinado às vésperas de ir ao Congresso levar a acusação contra Cristina Kirchner pelo acobertamento do atentado contra a AMIA em 1994. É o que dá o aparelhamento peronista do estado argentino desde os anos 1950.
Geraldo
2020-01-22 23:30:30Nafa demais: só hipocrisia mesmo!
Bruno
2020-01-22 20:16:46A Cretina acobertou o atentado contra judeus descoberto pelo Nisman, e agora manda o poste lá fazer o que.
Cássio
2020-01-22 20:08:36Os argentinos dependem para onde o presidente pender... se for para direita todos ganham!
Danilo
2020-01-22 20:06:28Lá essa "dama" é mais conhecida como Kretina Kishner..