O que os EUA ainda têm para tratar com o Irã?
Representantes dos dois países devem se reunir na semana que vem, segundo o presidente americano

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 25, que representantes dos Estados e do Irã irão se reunir na próxima semana para discutir um possível acordo nuclear.
"Vamos conversar na semana que vem com o Irã, podemos assinar um acordo, não sei."
Falando após a reunião de cúpula da Otan, Trump disse que poderia obter uma declaração de que Teerã não iria adotar a energia nuclear.
"Eles lutaram, a guerra acabou. Eu poderia conseguir uma declaração de que eles não vão usar armas nucleares. Provavelmente vamos pedir isso, mas eles não vão fazer isso, mas eles não vão fazer isso de qualquer maneira. Eles já tiveram isso."
Trump afirmou não achar que um acordo seja necessário.
Segundo o secretário de Estado americano Marco Rubio, o Irã deve negociar "diretamente com os Estados Unidos, não por meio de algum processo de terceiro ou quarto país".
Instalações foram "obliteradas"
Na coletiva, Trump disse que Os EUA "tiveram uma grande vitória" no Irã, reforçando que as instalações nucleares iranianas foram "obliteradas".
O republicano afirmou ainda ter conversado "com pessoas que viram o local" e que lhe garantiram que "foi destruído".
De acordo com o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, as evidências sobre o que restou de Fordow "estão enterradas sob uma montanha, devastadas e obliteradas".
"Então, se você quiser fazer uma avaliação sobre o que aconteceu em Fordo, é melhor pegar uma pá grande e cavar bem fundo", continuou.
"Aqueles que lançaram as bombas precisamente no lugar certo sabem exatamente o que aconteceu quando elas explodiram", concluiu.
O relatório de inteligência
Como mostramos, o governo Trump tem se esforçado para minimizar um relatório preliminar da Agência de Inteligência de Defesa, o braço de inteligência do Pentágono, que apontou que os ataques americanos a três instalações nucleares atrasaram apenas em alguns meses o programa nuclear de Teerã.
O relatório foi amplamente noticiado na imprensa americana.
Duas pessoas familiarizadas com o documento afirmaram à CNN que o estoque de urânio enriquecido do Irã não foi destruído.
Uma delas disse que as centrífugas estão em grande parte "intactas"
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