O que esperar do STF em 2025?
O STF deve ter uma pauta focada em matérias de caráter mais econômico ao longo do ano de 2025, mas casos criminais ganham destaque
Após um ano marcado por vários julgamentos polêmicos – como o que tratou da regulação das redes sociais e o que flexibilizou o porte de maconha -, o STF deve ter uma pauta focada em matérias de caráter mais econômico ao longo do ano de 2025.
Um destaque no primeiro semestre deste ano deve ser a análise de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que discute os impactos das apostas online (bets) no Brasil. O relator Luiz Fux quer julgar o caso até junho.
E há a expectativa de que o STF legisle sobre o tema e adote providências para proteção da população brasileira mais vulnerável, que sofre os impactos das apostas online. “Os problemas relativos às comunidades carentes, aos problemas mentais e aos outros graves problemas que foram destacados, leva-nos à ideia de que este julgamento tem que ser urgente”, afirmou o ministro durante uma audiência pública que discutiu o assunto em novembro do ano passado.
Ainda na seara econômica, o STF ainda vai deliberar sobre a incidência do Imposto Sobre Serviços (ISS) na base de cálculo do PIS/Cofins. Para o governo federal, esse julgamento é uma bomba fiscal. O impacto pode ser de até 35 bilhões de reais em cinco anos. O caso começou a ser julgado em 2020 no plenário físico, mas agora é alvo de análise do plenário virtual.
Outro julgamento que pode trazer um forte impacto jurídico diz respeito à constitucionalidade do pagamento das emendas parlamentares. Ao longo de 2024, houve uma forte quebra de braço entre o ministro Flávio Dino e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre a liberação dos empenhos a parlamentares. O ano de 2024 terminou sem uma definição sobre o tema e Dino pretende levar o caso para discussão do plenário ainda no primeiro trimestre deste ano.
Outra ação de forte impacto político será o relacionado à responsabilização das redes sociais em conteúdos publicados por terceiros. O julgamento começou em novembro, já teve votos dos ministros Dias Toffoli, Luiz Fux e do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, mas ele foi suspenso em virtude de um pedido de vistas do ministro André Mendonça.
Na área criminal, o julgamento mais importante será o de aproximadamente 40 pessoas – incluídas aí o ex-presidente Jair Bolsonaro – sobre o suposto plano para se dar um golpe de Estado no país. A expectativa é que ele ocorra no final do ano.
Conforme apurou Crusoé, a expectativa inicial era que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentasse sua denúncia sobre a suposta participação de Bolsonaro no plano golpista em fevereiro. Mas com a prisão do general Braga Netto e o levantamento de novas provas a partir de depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid e com a extração dos dados do celular do ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro, essa denúncia da PGR deve ser apresentada em março ou mesmo em abril de 2025.
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Comentários (2)
MARCOS
2025-01-01 13:42:17QUANDO EU VÍ O TÍTULO NÃO PRECISEI LER A REPORTAGEM. RESPONDO: SOLTAR BANDIDO, PASSAR A MÃO NA CABEÇA DOS CORRUPTOS E PRENDER OS HONESTOS.
Amaury G Feitosa
2025-01-01 10:52:30... nós os manés esperamos mais crimes contra o Estado e Nação pois sem dúvida o pior ainda está por vir