Crusoé
07.10.2025 Fazer Login Assinar
Crusoé
Crusoé
Fazer Login
  • Acervo
  • Edição diária
Edição Semanal
Pesquisar
crusoe

X

  • Olá! Fazer login
Pesquisar
  • Acervo
  • Edição diária
  • Edição Semanal
    • Entrevistas
    • O Caminho do Dinheiro
    • Ilha de Cultura
    • Leitura de Jogo
    • Crônica
    • Colunistas
    • Assine já
      • Princípios editoriais
      • Central de ajuda ao assinante
      • Política de privacidade
      • Termos de uso
      • Política de Cookies
      • Código de conduta
      • Política de compliance
      • Baixe o APP Crusoé
    E siga a Crusoé nas redes
    Facebook Twitter Instagram

    A contradição argentina na presidência do Conselho de Direitos Humanos da ONU

    A Argentina vai presidir, pela primeira vez, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em 2022. A escolha se deu por aclamação na última segunda, 6, e a presidência será ocupada pelo diplomata Federico Villegas Beltrán (na foto, com o presidente Alberto Fernández). Para o advogado Brian Schapira, diretor de relações internacionais do Cadal, um...

    Redação Crusoé
    5 minutos de leitura 14.12.2021 08:38 comentários 3
    Federico Villegas Alberto Fernández Argentina
    • Whastapp
    • Facebook
    • Twitter
    • COMPARTILHAR

    A Argentina vai presidir, pela primeira vez, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em 2022. A escolha se deu por aclamação na última segunda, 6, e a presidência será ocupada pelo diplomata Federico Villegas Beltrán (na foto, com o presidente Alberto Fernández). Para o advogado Brian Schapira, diretor de relações internacionais do Cadal, um instituto de defesa dos direitos humanos em Buenos Aires, o mandato acabará expondo um paradoxo. "Autoridades argentinas têm sustentado a tese da não ingerência em assuntos internos de outras nações, mas a ideia de que os direitos humanos são universais admite uma pressão externa, que é o oposto disso", diz Schapira. Segue a entrevista, que foi dada por telefone.

    O que se pode esperar do Conselho de Direitos Humanos sob a presidência da Argentina?
    A presidência do Conselho tem um valor simbólico importante e uma influência real. O que me preocupa é que às vezes essa posição de destaque poderá entrar em contradição com o voto do meu país em temas diversos. Autoridades argentinas têm sustentado a tese da não ingerência em assuntos internos de outras nações, mas a ideia de que os direitos humanos são universais admite uma pressão externa, que é o oposto disso. Esse princípio da não intervenção tem sido frequentemente usado para amparar as posições em relação a países como Venezuela, Nicarágua e Cuba, mas é um conceito defasado. 

    Como assim?
    A ideia de não intromissão não se aplica a graves violações de direitos humanos. Há 40 anos, as ditaduras militares diziam que ninguém poderia se intrometer em seus problemas domésticos. Isso deveria ter acabado. De lá para cá, os conceitos jurídicos evoluíram. O sistema internacional de proteção aos direitos humanos que temos hoje pressupõe uma concessão de soberania por parte dos estados em favor dos direitos das pessoas. Ditaduras não podem mais fazer o que bem quiserem com seus cidadãos. Esse sistema internacional inclui, por exemplo, os especialistas que fazem investigações em países específicos e publicam relatórios sobre direitos humanos. 

    A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e seus eleitores se colocam como os defensores dos direitos humanos. De que maneira o histórico do país pode interferir no Conselho da ONU?
    O kirchnerismo se apresenta como o único defensor dos direitos humanos na Argentina. Quando Néstor Kirchner, em 2003, abriu processos contra os militares por crimes contra a humanidade, ele se apropriou da bandeira dos direitos humanos e cooptou muitos movimentos que estavam nessa luta. Mas essa é uma bandeira de todos os argentinos. Mais do que isso, é um tema global. Durante a ditadura militar (1976-1983), o então presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, fez uma pressão diplomática e comercial intensa para acabar com o desaparecimento de pessoas. Naquela época, claramente ocorreu uma ingerência externa por parte dos americanos, o que foi positivo para a população argentina. Paradoxalmente, houve uma cumplicidade da União Soviética e de Cuba com a ditadura argentina nos foros internacionais, porque os soviéticos compravam o trigo da Argentina. 

    Essa pressão externa ocorre de maneiras diferentes em democracias e ditaduras?
    Em nações democráticas, como o Chile e a Colômbia, há mecanismos que podem lidar com as violações de direitos humanos e remediar os abusos. No Chile, após a repressão aos protestos de 2019, ONGs internacionais como a Human Rights Watch e observadores da Comissão Interamericana de Direitos Humanos visitaram o país. A consequência disso foi a convocação de uma nova Constituição. Nas ditaduras, isso não ocorre. Venezuela, Cuba e Nicarágua têm sistemas que se dedicam a violar sistematicamente os direitos dos seus habitantes. Ultimamente, também há uma preocupação com El Salvador. Nesses casos, é preciso acionar o sistema internacional.

    Como o governo de Alberto Fernández e Cristina Kirchner tem encarado a violência estatal na Venezuela?
    Em 2018, durante o governo de Mauricio Macri, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru apresentaram uma denúncia ao Tribunal Penal Internacional, o TPI, pedindo para que a ditadura de Nicolás Maduro fosse investigada por crimes contra a humanidade. Além disso, a Argentina realizou um relatório em que se coletaram depoimentos de dezenas de exilados venezuelanos, algo bastante inédito. Eu participei da elaboração desse documento. Em março deste ano, o governo de Alberto Fernández solicitou a retirada da Argentina da denúncia. Felizmente, o Tribunal se recusou a fazer isso, e Maduro está sendo formalmente investigado por crimes contra a humanidade. Seria lamentável se a Argentina, que ocupará um lugar de alto valor simbólico na ONU, continuar promovendo esses princípios equivocados da "não intervenção". Muito melhor seria se nossos diplomatas apoiassem a ideia da "não indiferença".

    Diários

    Nigéria registra aumento de ataques jihadistas contra cristãos

    João Pedro Farah Visualizar

    Por que Lula está mais forte

    Leonardo Barreto Visualizar

    A indignação de Lula, o paciente número 1 do Sírio-Libanês

    Duda Teixeira Visualizar

    Lula agradece lealdade de Eliziane Gama

    Duda Teixeira Visualizar

    Sobre o que Dirceu e Valdemar conversavam na cadeia?

    Redação Crusoé Visualizar

    Superando o terror

    Felipe Moura Brasil, Rodolfo Borges Visualizar

    Mais Lidas

    5 respostas marcantes sobre Israel e terror

    5 respostas marcantes sobre Israel e terror

    Visualizar notícia
    A guerra dos clãs de Gaza contra o Hamas

    A guerra dos clãs de Gaza contra o Hamas

    Visualizar notícia
    A indignação de Lula, o paciente número 1 do Sírio-Libanês

    A indignação de Lula, o paciente número 1 do Sírio-Libanês

    Visualizar notícia
    Brasil vai ajudar produção de alimentos em Cuba, diz Lula

    Brasil vai ajudar produção de alimentos em Cuba, diz Lula

    Visualizar notícia
    “Desafio ético e operacional constante”, diz major Rozenszajn sobre 2 anos de guerra

    “Desafio ético e operacional constante”, diz major Rozenszajn sobre 2 anos de guerra

    Visualizar notícia
    Dicas de filmes e livros sobre o terror de 7 de outubro

    Dicas de filmes e livros sobre o terror de 7 de outubro

    Visualizar notícia
    Hamas em colapso

    Hamas em colapso

    Visualizar notícia
    Islamoesquerdismo, decolonização e a desordem moral do Ocidente

    Islamoesquerdismo, decolonização e a desordem moral do Ocidente

    Visualizar notícia
    O próximo depoimento da CPMI do INSS

    O próximo depoimento da CPMI do INSS

    Visualizar notícia
    O QR Code no paletó de Netanyahu

    O QR Code no paletó de Netanyahu

    Visualizar notícia

    Tags relacionadas

    América Latina

    Argentina

    Cuba

    direitos humanos

    ditadura militar

    Federico Villegas Beltrán

    Nicarágua

    ONU

    Venezuela

    < Notícia Anterior

    Com disputa apertada e clima de incerteza, Senado escolhe novo ministro do TCU

    14.12.2021 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    Próxima notícia >

    Congresso vai decidir se obras irregulares poderão receber recursos do orçamento

    14.12.2021 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar

    Redação Crusoé

    Suas redes

    Twitter Instagram Facebook

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (3)

    MARCIO

    2021-12-14 14:57:25

    Em outras palavras, a posição da ONU de passar pano para Cuba, Venezuela e etc vai continuar


    FRANCISCO AMAURY GONÇALVES FEITOSA

    2021-12-14 10:15:12

    em que mundo esteS jornaCOMUNAZISTAS vivem? Alcolumbre foi presidente di Sebado e preside a CCJ .. LULA o ladrão delator acusado de assassino de companheiros manda no poder judiciário que o imunizou depois de centenas de crimes e já TUTELA numa o país numa guerra suja e tomarão por sentenças criminosas se não tomarmos atitude de proteção legal ao Estado estuprado? e se Moro crescer será preso por essa gente pois alegam fraude em processos isto é crime e vão prendê-lo . o país nada em lixo.


    CARLOS HENRIQUE SCHNEIDER

    2021-12-14 09:15:27

    Imagina o Flavio Bolsonaro, ou qualquer uma destas toupeiras do Minto... seria muito pior! Menos mal que a ONU escapou de qualquer indicação bolsonarista.


    Torne-se um assinante para comentar

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (3)

    MARCIO

    2021-12-14 14:57:25

    Em outras palavras, a posição da ONU de passar pano para Cuba, Venezuela e etc vai continuar


    FRANCISCO AMAURY GONÇALVES FEITOSA

    2021-12-14 10:15:12

    em que mundo esteS jornaCOMUNAZISTAS vivem? Alcolumbre foi presidente di Sebado e preside a CCJ .. LULA o ladrão delator acusado de assassino de companheiros manda no poder judiciário que o imunizou depois de centenas de crimes e já TUTELA numa o país numa guerra suja e tomarão por sentenças criminosas se não tomarmos atitude de proteção legal ao Estado estuprado? e se Moro crescer será preso por essa gente pois alegam fraude em processos isto é crime e vão prendê-lo . o país nada em lixo.


    CARLOS HENRIQUE SCHNEIDER

    2021-12-14 09:15:27

    Imagina o Flavio Bolsonaro, ou qualquer uma destas toupeiras do Minto... seria muito pior! Menos mal que a ONU escapou de qualquer indicação bolsonarista.



    Notícias relacionadas

    Nigéria registra aumento de ataques jihadistas contra cristãos

    Nigéria registra aumento de ataques jihadistas contra cristãos

    João Pedro Farah
    07.10.2025 16:33 2 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Por que Lula está mais forte

    Por que Lula está mais forte

    Leonardo Barreto
    07.10.2025 14:30 4 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    A indignação de Lula, o paciente número 1 do Sírio-Libanês

    A indignação de Lula, o paciente número 1 do Sírio-Libanês

    Duda Teixeira
    07.10.2025 12:10 2 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Lula agradece lealdade de Eliziane Gama

    Lula agradece lealdade de Eliziane Gama

    Duda Teixeira
    07.10.2025 11:16 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Crusoé
    o antagonista
    Facebook Twitter Instagram

    Acervo Edição diária Edição Semanal

    Redação SP

    Av Paulista, 777 4º andar cj 41
    Bela Vista, São Paulo-SP
    CEP: 01311-914

    Acervo Edição diária

    Edição Semanal

    Facebook Twitter Instagram

    Assine nossa newsletter

    Inscreva-se e receba o conteúdo de Crusoé em primeira mão

    Crusoé, 2025,
    Todos os direitos reservados
    Com inteligência e tecnologia:
    Object1ve - Marketing Solution
    Princípios Editoriais Assine Política de privacidade Termos de uso