O objetivo de Israel no último ataque ao Irã
Caças F-15 e F-16 destruíram radares e sistemas de defesa antiaérea na Síria e no Iraque antes de penetrar em território iraniano
As Forças de Defesa de Israel, FDI, lançaram um ataque a instalações militares do Irã na noite desta sexta, 25.
A ação foi comandada pelos militares Herzi Halevi e Tomer Bar (foto), da Força Aérea Israelense.
Israel enviou mais de 100 caças F-15 e F-16 na operação, além de drones armados.
Os primeiros alvos dos ataques foram radares e sistemas de defesa antiaérea na Síria e no Iraque.
Os dois países árabes ficam entre Israel e Irã e poderiam ter alertado Teerã sobre o ataque antes da hora.
Ao entrar no espaço aéreo iraniano, os caças também destruíram os sistema de defesa antiaérea.
O país persa, assim, ficou totalmente desprotegido.
Em seguida, os caças e drones israelenses bombardearam instalações que estavam desenvolvendo um "componente importante" na produção de mísseis de longo alcance, segundo uma reportagem deste sábado do jornal americano The New York Times.
Uma publicação da Força Aérea Israelense nas redes sociais detalhou o objetivo: "Aviões e aeronaves da Força Aérea atacaram, com orientação de inteligência, meios de produção de mísseis que o Irã lançou contra o Estado de Israel no ano passado. Ao mesmo tempo, os conjuntos de mísseis terra-ar do Irã e outras capacidades aéreas foram atacados, com o objetivo de ampliar a liberdade de ação aérea de Israel no Irã".
Os cerca de vinte alvos estavam espalhados em três províncias do Irã. Duas pessoas morreram.
Após quatro horas, todos os aviões retornaram com segurança para Israel.
Com o Irã concluindo a produção de urânio enriquecido necessária para uma bomba atômica, aumenta a preocupação dos israelenses com mísseis de longo alcance que possam transportar ogivas nucleares.
Atendendo a pedidos dos americanos, Israel não destruiu plataformas de gás e petróleo, pois isso geraria um aumento no preço do barril e inflação nos Estados Unidos às vésperas da eleição presidencial.
Israel também não buscou destruir as instalações que enriquecem urânio, a matéria-prima da bomba nuclear, que foram construídas no subsolo justamente como uma forma de proteção contra ataques aéreos.
Com os sistemas de defesa antiaéreos iranianos destruídos, porém, essas instalações nucleares ficam mais vulneráveis em um possível novo ataque.
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