O novo papel de Flávio Bolsonaro: tentar manietar a CPI
Costuma-se dizer nos corredores do poder em Brasília que o problema de toda CPI é que você sabe como ela começa, mas nunca como ela termina. Sim, CPI é imprevisível. Em geral, governos preferem não enfrentá-la. Quando sua instalação é inevitável, partem para o plano “B”, que consiste em tentar obstruir os trabalhos e fazer...
Costuma-se dizer nos corredores do poder em Brasília que o problema de toda CPI é que você sabe como ela começa, mas nunca como ela termina. Sim, CPI é imprevisível. Em geral, governos preferem não enfrentá-la. Quando sua instalação é inevitável, partem para o plano “B”, que consiste em tentar obstruir os trabalhos e fazer com que as investigações fluam de modo a oferecer um risco mínimo ao presidente de turno.
Bolsonaro sabe que, mesmo no melhor dos cenários possíveis, tem muito a perder com uma CPI. A investigação bate à porta do Planalto no momento em que o Brasil quebra recordes diários de óbitos pela Covid-19, a relação com o Centrão, principal bloco de sustentação hoje ao governo no Congresso, não é das melhores e a popularidade do presidente segue em queda.
Por isso, caso não consiga, num derradeiro esforço, convencer senadores a retirar assinaturas de apoio à instalação da comissão, o governo deflagrará nos bastidores um trabalho de redução de danos. O principal objetivo é tentar emplacar o presidente ou o relator da CPI, que são uma espécie de pulmão da comissão destinada a apurar as responsabilidades do governo na trágica gestão da Covid-19. No paralelo, a ideia é montar uma consistente e destemida tropa de choque governista na hora escolher os integrantes que irão compor a CPI, repleta de senadores capazes de defender o Planalto sem se constranger ou se dobrar às pressões da sociedade, que já são muitas, ante os holofotes, que não serão poucos.
A tarefa caberá ao principal articulador político do governo hoje, o senador e filho 01 do presidente, Flávio Bolsonaro. Na tarde desta sexta-feira, 9, havia dúvidas quanto ao seu paradeiro – se ele estaria no Rio de Janeiro ou em Brasília. Mas o certo, segundo apurou Crusoé, é que ele passará o fim de semana em plena operação na capital federal para tentar manietar a CPI que, salvo uma improvável reviravolta política, tem tudo para virar a principal fonte de preocupações nas próximas semanas, talvez meses, de um governo que já claudica.
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Comentários (10)
Angela
2021-04-13 04:19:36Família unida até nas falcatruas
Maria
2021-04-11 20:29:26SE PAPI CAIR EU CAIO TAMBÉM!!!!!
Alberto
2021-04-10 12:29:23Um natimorto. Será abortada.Há algo de podre também no STF. Há muita gente envolvida, como prefeitos, governadores, etc. Será uma pizza gigante.
Sônia
2021-04-10 09:51:50O país onde um (senador ) com processos e blindado tenta acabar com uma cpi que hj olha para 4100 mortos por dia ,caminha para esgoto ,com um genocida no comando
Jandira
2021-04-10 07:41:59Hummm...vai dar em nada.
Moso
2021-04-10 01:48:37Uma boa festa, numa boa mansão, regada a lagosta e vinhos nobres talvez surta efeito na redução de assinaturas pra investigar o massacre de brasileiros por negligência dos governos.
MENEZES88
2021-04-09 18:23:57O BOZO JÁ ESTÁ SENTINDO QUE A MERD💩 CHEGOU AO PESCOÇO. É SÓ O COMEÇO 🚔⚔🗡☠
Vimar Maddarena
2021-04-09 18:09:04Flavio tem mais é que se desdobrar mesmo para salvar o pai. Foi ele que botou o Governo Bolsonaro no esgoto. " Ele é de maior" dissera Jair quando a investigação começou. Em seguida mergulhou no esgoto para salvar o filho.
João
2021-04-09 17:46:13Zezinho,foi o Flávio que abusou??
Leonardo
2021-04-09 17:04:45#BOLSONAROCHEGADEMIMIMICPIDACOVIDJÁ