O novo e o velho PSDB no segundo mandato de Bruno Covas
O secretariado formado pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas (foto), para o segundo mandato que se inicia agora mescla nomes da nova e da velha guarda do PSDB, além de dar espaço a indicações feitas por políticos de partidos aliados na campanha, como DEM, PL e Podemos. Na linha de frente do velho PSDB...
O secretariado formado pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas (foto), para o segundo mandato que se inicia agora mescla nomes da nova e da velha guarda do PSDB, além de dar espaço a indicações feitas por políticos de partidos aliados na campanha, como DEM, PL e Podemos.
Na linha de frente do velho PSDB na nova gestão tucana estão Ricardo Tripoli e Edson Aparecido. Ex-deputado e um dos fundadores do partido, em 1988, Tripoli é o novo secretário da Casa Civil da prefeitura, cargo responsável pela articulação política com os vereadores.
Posto semelhante, só que no governo do estado, já foi ocupado por Edson Aparecido, mantido como secretário de Saúde por Covas. Ex-deputado estadual e federal, o tucano integra a chamada ala alckmista da administração paulistana, por ter sido, mais de uma vez, secretário do ex-governador Geraldo Alckmin.
No campo intermediário do PSDB -- formado por quadros mais jovens, mas ligados aos caciques tucanos -- estão o secretário de Governo, Rubens Rizek, mantido no cargo pelo prefeito, e Fernando Padula, que assumiu a Secretaria da Educação. Rizek era adjunto de Covas na Secretaria do Meio Ambiente no governo Alckmin e já atuou como arrecadador de campanha do ex-senador Aloysio Nunes.
Já Fernando Padula foi chefe de gabinete na Secretaria Estadual de Educação nos governos de Alckmin e de José Serra, e chegou a ser denunciado em 2018 no escândalo conhecido como máfia da merenda, junto com Fernando Capez, do PSDB, ex-presidente da Assembleia Legislativa e hoje diretor do Procon, nomeado pelo governador João Doria.
O processo contra Padula foi arquivado em 2019 pelo Tribunal de Justiça paulista, depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu trancar a ação penal por falta de provas, a pedido de Capez. Por causa das investigações da máfia da merenda, Padula chegou a deixar a chefia de gabinete da Secretaria de Educação e ganhou um cargo no Arquivo Público do Estado.
Entre os quadros do novo PSDB na gestão de Bruno Covas destaca-se Orlando Faria, que deixou a Casa Civil em dezembro para assumir a Secretaria de Habitação. Ex-integrante da chamada Juventude Tucana, assim como o prefeito, Faria é o homem de confiança de Covas na prefeitura, ao lado de Rubens Rizek.
Com 23 nomes, o novo secretariado formado por Covas manteve outro integrante da ala jovem do partido. Secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Aline Cardoso é filha do ex-deputado tucano Celino Cardoso e foi assessora parlamentar de outros tucanos até se eleger vereadora da capital pela primeira vez, em 2016.
Nas mudanças feitas no primeiro escalão para o novo mandato, Bruno Covas manteve alguns quadros apadrinhados por políticos de partidos aliados, como o secretário do Meio Ambiente, Eduardo de Castro, indicado pelo PL, e abriu espaço para novas indicações, como o secretário de Mobilidade e Transportes, Levi Oliveira, indicado pelo DEM, e o titular de Esportes, Thiago Milhim, do Podemos.
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Comentários (3)
Waldemar
2021-01-03 12:28:39Hum...o prefeito deveria nomear para a secretaria da habitação o Boulos; para sub-secretário para assuntos musicais o Suplicy;para a Educação o Haddad;para a secretaria de obras e desenvolvimento a Dilma; e tantos outros que povoam o PT. Não seria legal?!Seria, pois o prefeito nomeia quem ele quiser, daí ser legal. E é só!
Carlos
2021-01-02 16:47:27Tutti buona gente
maria s.q.escoda
2021-01-02 16:03:09ôxe, e seria o que, cara pálida?