O 'gabinete do ódio' na pauta do TCU
O Tribunal de Contas da União deve julgar nesta quarta-feira, 26, um pedido de investigação sobre o uso de recursos públicos pelo “gabinete do ódio”, suposto grupo de assessores da Presidência que atua em ataques a adversários de Jair Bolsonaro. A representação foi apresentada pelo Ministério Público junto ao TCU em 28 de maio, um...
O Tribunal de Contas da União deve julgar nesta quarta-feira, 26, um pedido de investigação sobre o uso de recursos públicos pelo “gabinete do ódio”, suposto grupo de assessores da Presidência que atua em ataques a adversários de Jair Bolsonaro.
A representação foi apresentada pelo Ministério Público junto ao TCU em 28 de maio, um dia após a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão em endereços de empresários, ativistas, blogueiros e parlamentares bolsonaristas. As ordens foram expedidas por Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do inquérito que mira ofensas a ministros e a difusão de notícias falsas.
No mesmo dia da operação da PF, a corte de Contas mandou o Banco do Brasil suspender contratos de publicidade com sites, blogs, portais e redes sociais até que a Controladoria-Geral da União e a Casa Civil regulamentem o uso de verba pública nessas mídias. Na ocasião, o ministro Bruno Dantas afirmou que os recursos do banco estatal estavam sendo drenados para financiar páginas que se dedicam a produzir conteúdo falso e a disseminar discurso de ódio.
Para o Ministério Público, o TCU precisa verificar se houve, em ataques a autoridades e instituições, o uso de materiais, de infraestrutura e de mão de obra custeados pelos cofres públicos e se o aparato foi colocado à disposição de agentes públicos, como deputados federais intimados a prestar depoimento no inquérito do STF. O órgão acrescenta que, em outra frente, a prioridade deve ser identificar a utilização de verbas publicitárias de empresas públicas e sociedades de economia mista na monetização de sites e blogs que veiculam fake news.
“Diante desse cenário desastroso e inacreditável, é necessário que todas as forças democráticas e todas as instituições atuem incisivamente em defesa das liberdades e dos direitos, do bem comum, do interesse público, da normalidade civilizatória, da harmonia e independência entre os poderes da República e em combate, em todas as esferas, à essa espúria ‘parceria público-privada’ denominada Gabinete do Ódio”, diz a representação.
Além da abertura do procedimento de apuração, o MP pede que a corte de Contas requeira acesso a informações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito das Fake News e de dois inquéritos que correm no STF -- um investiga a disseminação das notícias falsas e o outro, o financiamento e a divulgação de atos antidemocráticos. O "gabinete de ódio" já foi citado tanto na CPMI quanto nos processos.
Sugere-se ainda a criação de um grupo de trabalho para averiguar o caso, com representantes do STF, do Tribunal Superior Eleitoral e dos Ministérios Públicos Eleitoral e Federal, para abranger todas as esferas de responsabilidade, viabilizando a identificação de responsáveis e aplicação das sanções cabíveis.
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Comentários (8)
Getulio
2020-08-26 11:28:31Que aproveitem o embalo para alterar a sigla do Tribunal de Contas da União. Talvez seja melhor mudar o nome do órgão no processo. Que tal Tribunal Nacional de Contas? A sigla atual ofende o contribuinte, do qual se extraem tributos de porte europeu em troca de bens e serviços públicos de qualidade moçambicana. O contribuinte, que a todos remunera, prestigia a Operação Lava Jato por ter reavido montanhas de dinheiro surrupiado por bandidos travestidos de político, com a ajuda de muitos sócios.
Max
2020-08-26 10:49:56Em frente TCU.
José
2020-08-26 10:46:23O verdadeiro gabinete do ódio está na esquerda, que age na surdina, não aceitam perder e ficam o tempo todo sacaneando
Gisele
2020-08-26 10:16:03Perfeito o comentário do Paulo!👏
Jose
2020-08-26 09:45:47Bozistas zurrando aqui. Os maiores culpados da pandemia e das mais de 116 mil mortes foram o Bozo e os Bozistas. Ou vocês acha, que vamos esquecer o convite a contaminação em massa e os boicotes as ações do próprio governo para controlar a doença? Por fim, o Bozo e os Bozokids já deveriam estar presos, pois todo mundo sabe que eles usaram dinheiro público para custear as récuas de jumentos Bozistas que passavam dia e noite atacando os seus opositores e espalhando fake news que geraram confusão.
Manuel
2020-08-26 09:09:58Sr. Paulo comentário perfeito. Caso as instituições funcionassem com a mesma eficiência contra o dinheiro público desde o começo da nova República jamais estaríamos passando por essa situação. Atualmente funcionários exercendo suas funções de poder e desviando a atenção para fale News onde o objetivo é livrar todos os amigos dos crimes cometidos contra o estado.
Francisco
2020-08-26 09:07:39Esse gabinete do ódio e seus financiadores devem ser investigados a bem da verdade. Embora essa movimentação financeira em torno de publicações em redes sociais inclusive com dinheiro de apoiadores e verbas publicitárias, se bem comparada, não passa de delinquência de trombadinha diante do assalto aos cofres públicos das últimas décadas. Não era chamado Fake News mas noticiário "oficial" da grande imprensa, que conduzia a informação de rebanho ao publico, do certo ou errado, do bom ou ruim.
PAULO
2020-08-26 08:24:26O maior gabinete do ódio que assistimos nos últimos seis meses é aquele formado por uma gangue que não se preocupou em salvar vidas durante a pandemia. Pessoas que não se satisfizeram em poder ou não usar a droga A ou B, mas fizeram o impossível para que ninguém fizesse uso “em nome da vida”. Nunca assisti tamanha crueldade ao vivo e a cores. Adivinhem quem foram as maiores vítimas dessa obrigatoriedade da “comprovação científica” ? Exato, quem citou os mais miseráveis ! Vidas sacrificadas !