O carrinho de compras internacionais de Trump
Eric Trump, que não deverá ter cargo no próximo governo, colocou Groenlândia, Canadá e o Canal do Panamá na sacola
Eric Trump, filho do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou nas redes sociais uma imagem de seu pai olhando a tela do celular.
Ao lado, ele colocou uma imagem mostrando uma seção de site de compras, mostrando o "carrinho", ou seja, os produtos que ele estaria comprando, antes de ir para o caixa da loja Amazon.
Os itens que aparecem são o Canadá, a Groenlândia e o Canal do Panamá.
O Canadá é sinalizado como "só resta um", com entrega prevista para 29 de dezembro.
A Groenlândia e o Canal do Panamá aparecem como "em estoque".
Na legenda da foto, Eric escreveu: "Então nós voltamos".
Eric Trump não deverá ganhar um cargo oficial no segundo mandato de Trump, que começa no dia 20 de janeiro.
Ele provavelmente continuará como vice-presidente executivo da Organização Trump, com foco na gestão dos negócios da família.
Bullying internacional
Em 2019, Trump conversou seriamente com assessores sobre a possibilidade de comprar a Groenlândia, que pertence à Dinamarca.
"A Groenlândia não está à venda, mas está aberta ao comércio e cooperação com outros países, incluindo os Estados Unidos", reagiu o primeiro-ministro da Groenlândia, Kim Kielsen, à época.
Em dezembro deste ano, Trump começou a falar em anexar o Canadá.
"Ninguém pode responder por que subsidiamos o Canadá em mais de 100.000.000 dólares por ano? Não faz sentido! Muitos canadenses querem que o Canadá se torne o 51º estado. Eles economizariam muito em impostos e proteção militar. Acho que é uma ótima ideia. 51º estado!!!", escreveu Trump nas redes sociais no dia 18.
Trump jantou com Trudeau em sua mansão em Mar-a-Lago, na Flórida. Após o encontro, o republicano postou nas redes sociais:
"Foi um prazer jantar ontem com o governador Justin Trudeau do grande estado do Canadá", escreveu o presidente eleito.
Trudeau, contudo, é primeiro-ministro do Canadá, que não é um estado americano, mas um Estado soberano.
Canal do Panamá
Na noite de sábado, 21, Trump divulgou mensagens sobre o Canal do Panamá, que ele chamou de "ativo nacional vital para os Estados Unidos".
"O Canal do Panamá é considerado um ativo nacional vital para os Estados Unidos, devido ao seu papel crítico para a economia e a segurança nacional dos Estados Unidos. Um Canal do Panamá seguro é crucial para o comércio americano e para o rápido deslocamento da Marinha, do Atlântico ao Pacífico, e reduz drasticamente o tempo de envio para os portos dos Estados Unidos", escreveu Trump.
"Considerado uma das Maravilhas do Mundo Moderno, o Canal do Panamá foi inaugurado há 110 anos e foi construído com um custo enorme para os Estados Unidos em vidas e tesouros — 38 mil homens americanos morreram de mosquitos infectados nas selvas durante a construção. Teddy Roosevelt era presidente dos Estados Unidos na época de sua construção e compreendia a força do poder naval e do comércio. Quando o presidente Jimmy Carter o deu tolamente, por um dólar, durante o seu mandato, coube exclusivamente ao Panamá gerir, e não à China, ou a qualquer outra pessoa. Da mesma forma, não foi permitido ao Panamá cobrar dos Estados Unidos, de sua Marinha e das corporações que fazem negócios dentro de nosso país preços e taxas de passagem exorbitantes. Nossa Marinha e Comércio têm sido tratados de forma muito injusta e imprudente. As taxas cobradas pelo Panamá são ridículas, especialmente tendo em conta a extraordinária generosidade que foi concedida ao Panamá pelos EUA. Este roubo completo do nosso país irá parar imediatamente", escreveu Trump.
Leia em Crusoé: Bullying internacional de Trump volta-se contra o Panamá
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