O bate-boca entre Tabata Amaral e Marina Helena sobre privilégios
Duas pré-candidatas à prefeitura de São Paulo discutiram nesta terça, 21, nas redes sociais sobre as mordomias do Judiciário e do Legislativo. Primeiro, a deputada federal Tabata Amaral (foto), do PSB, publicou um vídeo criticando os supersalários do Judiciário. "Vocês têm ideia de quanto vai custar a reconstrução do Rio Grande do Sul? Dezenove bilhões...
Duas pré-candidatas à prefeitura de São Paulo discutiram nesta terça, 21, nas redes sociais sobre as mordomias do Judiciário e do Legislativo.
Primeiro, a deputada federal Tabata Amaral (foto), do PSB, publicou um vídeo criticando os supersalários do Judiciário.
"Vocês têm ideia de quanto vai custar a reconstrução do Rio Grande do Sul? Dezenove bilhões de reais. Agora, sabe quanto o Senado quer dar de aumento para a elite do Judiciário brasileiro? Quarenta e dois bilhões de reais. Detalhe: por ano. Salários de centenas de milhares de reais que atingem um pequeno porcentual da elite do funcionalismo público. Salários que, no nosso entendimento, são ilegais e deveriam ser barrados. É justamente por lutar contra os supersalários que é importante eu também ser coerente. Essa é a realidade de uma pequena elite. Para falar da nossa cidade aqui em São Paulo, nós temos 130 mil servidores ativos hoje. Aqui, a gente está falando de uma esmagadora maioria, honesta, trabalhadora, que está bem longe de receber supersalários (...) Para cada um real que a gente coloca nessa pequena elite, é um real a menos que a gente tem para investir na base", afirma Tabata.
Marina Helena, pré-candidata do Novo, comentou o vídeo de Tabata na conta da deputada federal do Instagram. "Que bom que você finalmente reagiu às mordomias do Judiciário, Tabata. Mas e as mordomias do Legislativo? Em 2022, você votou a favor de aumentar seu próprio salário para 46 mil reais! Se o aumento é para a elite do Legislativo, daí tudo bem?", criticou Marina.
Tabata retrucou. "Oi Marina, tudo bem? Eu votei contra esse aumento. Um 'Google' resolve: você vai ver que a votação do mérito foi simbólica, mas na urgência eu votei 'não'. Tem até posicionamento meu aqui nas redes. Ao invés de espalhar desinformação, você pode checar melhor suas fontes por aí", escreveu a deputada do PSB.
Marina respondeu. "Oi Tabata! Eu que peço cuidado com a desinformação. Votar contra a urgência não significa ser contra o mérito. Como a votação foi simbólica, o seu partido votou por você — e votou a favor do aumento de salário. (É como dizem, 'diga-me com quem andas e eu te direi quem és'.) Para marcar posição contra o projeto, você deveria ter solicitado ao líder do partido a liberação da bancada. Não o fez. Também poderia ter protocolado uma declaração de voto posteriormente, o que também não fez. Poderia, ainda, ter registrado a discordância em plenário, a exemplo do então deputado Paulo Eduardo Martins. Mas isso você também não fez. Uma dica: não adianta registrar no Twitter, é preciso registrar no plenário", escreveu Marina.
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Comentários (3)
Vicente Neto
2024-05-22 15:39:21Marina Helena, boa! Gostei de ver, de ler e do posicionamento firme e conciso. Nada de ficar em cima do muro como a "mocinha" Tabata.
Joao
2024-05-22 17:50:18Não foi bate-boca. Foi um debate civilizada de duas parlamentares decentes.
MARCOS ANTONIO RAINHO GOMES DA COSTA
2024-05-21 20:59:55MUITO SHOW. PARABÉNS MARINA.