Nos EUA, o TikTok vai para o ataque
O TikTok, rede social chinesa que já é uma das mais utilizadas nos Estados Unidos, cobrou seus usuários que defendam a empresa junto a seus parlamentares no Congresso. A empresa, ligada à chinesa ByteDance, alega que o Legislativo planeja a retirada do aplicativo do ar no país, e que os usuários devem cobrar seus parlamentares...
O TikTok, rede social chinesa que já é uma das mais utilizadas nos Estados Unidos, cobrou seus usuários que defendam a empresa junto a seus parlamentares no Congresso. A empresa, ligada à chinesa ByteDance, alega que o Legislativo planeja a retirada do aplicativo do ar no país, e que os usuários devem cobrar seus parlamentares contra o plano.
Uma notificação encaminhada pelo aplicativo dava o tom sério que a empresa deu à questão: "TikTok está em risco de ser desligado nos EUA. Ligue para seu representante agora". A mensagem era igualmente direta:
"Fale agora —antes que seu governo tire de 170 milhões de americanos o seu direito constitucional à liberdade de expressão", escreveu a plataforma, apelando para que a decisão iria "destruir a fonte de renda de incontáveis criadores ao redor do país e negar audiência a artistas". Era possível ligar diretamente ao seu parlamentar, por meio de uma ferramenta de geolocalização.
Todo o rebuliço ocorre porque, nesta quinta-feira, 7, a Comissão de Energia e Comércio da Câmara dos EUA analisa um projeto chamado "Protegendo americanos de aplicações controladas por adversários estrangeiros", que deve cobrar que a ByteDance abra mão do TikTok nos EUA. O governo de Washington entende que o aplicativo de vídeos curtos franqueia informações de usuários diretamente ao governo chinês, tornando os Estados Unidos suscetíveis a Pequim.
A investida do TikTok lembra um pouco a manifestação que foi feita pela rede social Telegram a usuários brasileiros. Em maio do ano passado, a empresa sediada em Dubai, mas nascida na Rússia, encaminhou uma mensagem a todos seus usuários no Brasil com ataques ao PL das Fake News, falando que o texto promoveria censura e vigilância permanente caso fosse sancionado. A mensagem concluía cobrando que os deputados fossem acionados para evitar a votação do texto.
O Supremo Tribunal Federal agiu rápido e o ministro Alexandre de Moraes deu uma hora para que a mensagem fosse retirada do ar, sob pena de suspensão do sinal do aplicativo no Brasil. A mensagem foi retirada e uma retratação de fato foi publicada — o texto do PL das Fake News, no entanto, aguarda publicação
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)