Norte-coreanos trabalharam escondidos em empresas americanas, diz governo dos EUA
O governo dos EUA desbaratou, na última semana, um esquema onde profissionais do ramo da tecnologia enganaram companhias americanas para trabalhar remotamente em favor do governo da Coreia do Norte. A operação, descoberta pelo Departamento de Justiça dos EUA, pode ter fraudado mais de 300 companhias americanas. Se valendo de regras trabalhistas mais flexíveis para...
O governo dos EUA desbaratou, na última semana, um esquema onde profissionais do ramo da tecnologia enganaram companhias americanas para trabalhar remotamente em favor do governo da Coreia do Norte. A operação, descoberta pelo Departamento de Justiça dos EUA, pode ter fraudado mais de 300 companhias americanas.
Se valendo de regras trabalhistas mais flexíveis para o setor de tecnologia da informação (TI) durante a pandemia, profissionais de diversos países foram recrutados por profissionais para trabalhar em companhias dos Estados Unidos. Se valendo de documentos falsos, cadastros em plataformas de pagamentos americanos e computadores falsamente cadastrados nos EUA, estes profissionais não tinham problema em se passar por trabalhadores do país, garantindo que a ditadura norte-coreana ficasse com parte dos seus dividendos.
A "geração de renda ilícita" levou a prisão uma mulher americana, um homem ucraniano, e outros três estrangeiros de nacionalidades não identificadas pelo DoJ americano. Uma pessoa também foi presa na Polônia.
"Essas denúncias deveriam ser um alerta para empresas americanas e agências governamentais que empregam trabalhadores de TI remotos", disse Nicole M. Argentieri, que faz parte da procuradoria do Departamento de Justiça. "Esses crimes supostamente beneficiaram o governo norte-coreano."
"Na superfície, há alegações de fraude, roubo de identidade e lavagem de dinheiro, que podem parecer típicos crimes de colarinho branco ou de esquema econômico", disse Kevin Vorndran, do setor de contrainteligência do FBI. "Mas o que estas alegações verdadeiramente representam é uma nova campanha hi-tech para desviar de sanções americanas, atacar negócios americanos e roubar identidades do país."
Agora, o governo dos Estados Unidos aparenta estar mais atento aos norte-coreanos da informática: o Departamento de Estado passou a oferecer até 5 milhões de dólares (cerca de R$ 25.4 milhões de reais) por informações que levem aos cúmplices do crime ao lado da americana, considerada a chefe do esquema. São cinco nomes, sendo que quatro deles poderiam ser norte-coreanos ou chineses no país.
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