Noboa e Luisa González vão ao segundo turno no Equador
Com mais de 92% das urnas apuradas, o atual presidente e a ex-deputada de esquerda tinham 44,3% e 43,8% dos votos válidos, respectivamente
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A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) equatoriano, Diana Atamaint, confirmou na noite de domingo, 9, que o segundo turno das eleições presidenciais será disputado entre Daniel Noboa (Ação Democrática Nacional), atual presidente do Equador, e Luisa González (Revolução Cidadã), ex-deputada e aliada do ex-presidente Rafael Correa.
Com mais de 92% das urnas apuradas, Noboa tinha 44,3% dos votos válidos e González, 43,8%.
O segundo turno está marcado para ocorrer em 13 de abril de 2025.
Os candidatos Andrea González Náder, da Sociedade Patriótica, e Leonidas Iza, do Pachakutik, receberam juntos mais de 7% dos votos e devem ser decisivos no segundo turno.
Daniel Noboa, que ocupa a presidência há pouco mais de um ano e meio, busca a reeleição após assumir o cargo em 2023 em uma eleição marcada pela deposição do ex-presidente Guillermo Lasso.
Milionário e herdeiro do setor bananeiro, Noboa tem apostado em políticas rígidas de combate ao crime, com foco na militarização da segurança pública. Seu governo, porém, tem sido marcado por controvérsias, incluindo acusações de autoritarismo e a persistente violência no país.
Luisa González é ex-deputada, representante da esquerda e aliada de Rafael Correa.
Caso eleita, ela seria a primeira mulher a assumir a presidência do Equador.
Crise econômica e aumento da violência
O Equador enfrenta uma crise de segurança histórica, com um aumento expressivo no número de homicídios nos últimos anos, resultado da escalada do narcotráfico. Em 2023, o país registrou o maior índice de homicídios da América Latina.
Também passa por uma grave crise energética, agravada pela seca que afetou as hidrelétricas, causou apagões frequentes e prejudicou a economia.
Noboa defende a continuidade das políticas de segurança e a recuperação econômica, enquanto González propõe investimentos em assistência social e penalidades mais severas para criminosos.
O atual presidente tem apoio do setor empresarial e defende políticas duras contra o crime.
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