No conflito entre Armênia e Azerbaijão, a solução está nas mãos de Putin
Desde o final de setembro, a Armênia e o Azerbaijão, dois países que raramente são destacados no noticiário internacional, iniciaram um conflito bélico, que já deixou centenas de mortos. Ele ocorre na região de Nagorno-Karabakh, que fazia parte do Azerbaijão e foi dominada por separatistas apoiados pela Armênia. A raiz do problema está na queda da...
Desde o final de setembro, a Armênia e o Azerbaijão, dois países que raramente são destacados no noticiário internacional, iniciaram um conflito bélico, que já deixou centenas de mortos. Ele ocorre na região de Nagorno-Karabakh, que fazia parte do Azerbaijão e foi dominada por separatistas apoiados pela Armênia.
A raiz do problema está na queda da União Soviética, em 1991. Assim que os dois países ficaram independentes, eles iniciaram a disputa territorial.
As negociações para resolver a situação de Nagorno-Karabakh que, apesar de ser território do Azerbaijão, está ocupado por armênios, acabaram em 2018. O órgão criado para mediar o conflito chama-se Grupo de Minsk, e inclui a França, a Rússia e os Estados Unidos.
Só que, em plena campanha eleitoral, os EUA parecem longe de querer se meter em uma disputa no quintal da Rússia.
O presidente da França, Emmanuel Macron, tem dado várias declarações a favor de um cessar-fogo, mas pouco tem adiantado. No dia 30 de setembro, Macron fez um pronunciamento que soou como um apoio à Armênia: "Eu digo novamente para a Armênia e para os armênios: a França vai cumprir seu papel, e nós estaremos vigilantes, para respeitar as famílias, o povo, a soberania", afirmou.
Em Baku, a capital do Azerbaijão, a postura de Macron foi lamentada. "Foi uma frase decepcionante, porque afeta a capacidade da França de ter um papel como mediador independente no conflito", diz Farid Shafiyev, presidente do Centro de Análise e Relações Internacionais, de Baku.
A Rússia exerce muita influência sobre os dois lados da trincheira. O país apoia militarmente a Armênia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin (foto), cultiva uma boa relação com o líder azeri, Ilham Aliyev, mas as autoridades do Azerbaijão não batem de frente nem costumam reclamar dos russos. Além disso, o Azerbaijão é um país cético com o Ocidente e não tem qualquer intenção de juntar-se a organizações como a Otan, o que incomodaria Putin.
"A Rússia, ao contrário da França, tem permanecido equilibrada em sua abordagem", diz Shafiyev. "É uma posição que condiz com o papel de mediador neutro", conclui o analista.
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Comentários (7)
SILVIO
2020-10-05 15:31:10A Rússia, China aos poucos tomam as rédeas do destino de várias nações pelo mundo afora.
Rosangela
2020-10-05 14:33:49Fala-se do país. Pergunte ao povo. O povo, os comuns querem sossego, paz .
Odete6
2020-10-05 04:54:02O vai "dormir putin" e a "neutralidade"... parece piada!!! Desde quando esse acéfalo russo é ""neutro"" em alguma coisa??? Em tudo esse idiota perverso e cruel tem algum interesse explícito, implícito ou recôndito, direta ou indiretamente!!!
o.5
2020-10-05 03:11:05Neutro, porém nem um pouco interessado na resolução do conflito
Antonio
2020-10-04 22:23:36devem estar disputando com quem vai ficar a Arca de Noé! 😂
Jose
2020-10-04 17:54:51Putin neutro, kkkkkkkkkkkkk. Quanta ilusão!
Tal
2020-10-04 12:57:40Puttin, chama o Gilmar Mendes pra resolver o imbróglio. Ele solta todo mundo, vcs dois ficam felizes e vão comemorar com umas garrafas de uísque (prefere vodca?) que tenha passado por, pelo menos, quatro avaliações internacionais. Ui!