Netanyahu corteja árabes em Israel e ganha apoios
Durante as eleições de 2013, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (foto), divulgou um vídeo nas redes sociais apelando para que seus eleitores saíssem para votar. "Os árabes estão votando em massa", alertou Netanyahu. Segundo o premiê, a participação dos árabes seria "um perigo". O chamado deu certo e ele venceu nas urnas. Dois anos...
Durante as eleições de 2013, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (foto), divulgou um vídeo nas redes sociais apelando para que seus eleitores saíssem para votar. "Os árabes estão votando em massa", alertou Netanyahu. Segundo o premiê, a participação dos árabes seria "um perigo". O chamado deu certo e ele venceu nas urnas.
Dois anos depois, Netanyahu pediu desculpas pela declaração. "Minha intenção não era a de protestar contra o voto dos cidadãos árabes nas eleições, mas protestar contra o voto na lista de candidatos árabes", disse Netanyahu. Em Israel, cerca de 20% da população é árabe. Com a chegada da vacina da Pfizer, Netanyahu visitou comunidades ligadas ao grupo étnico, acompanhou a imunização e tirou fotos ao lado deles.
O mal-estar ainda existe, mas as circunstâncias políticas e sanitárias têm feito com que muitos árabes enxerguem o primeiro-ministro com outros olhos. Embora 66% dos árabes-israelenses ainda considerem que a tentativa de aproximação não seja totalmente sincera, pesquisa da Israel Voice Index, divulgada na quinta-feira, 4, mostrou que cerca de 25% acham que eles devem colaborar com Netanyahu.
"Eles começaram a olhar Netanyahu de outra forma, principalmente porque estão inseguros com a situação gerada pela pandemia e não há alternativas políticas ao primeiro-ministro. Como o primeiro-ministro tem experiência na política e usa uma linguagem emotiva e populista, muitos árabes entenderam que ele é a única pessoa que pode entregar benefícios e cuidar da sociedade hoje", diz o historiador israelense Arik Rudnitzky, do Instituto Democracia Israel e especialista nas comunidades árabes. "É bem possível que muitos árabes votem em Netanyahu em março", acrescentou Rudnitzky.
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Comentários (1)
Mara
2021-02-07 13:37:16Essa pode ser uma SENHA para o Bolsonaro, guardadas as proporções devidas.