Netanyahu admite atraso na retirada do Líbano
O acordo de cessar-fogo com o Hezbollah estabelecia um limite de 60 dias para a retirada das tropas israelenses da região
Após semanas de especulação, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta sexta-feira, 24, que Israel não concluirá sua retirada total do sul do Líbano.
O acordo de cessar-fogo com o Hezbollah, anunciado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden em 26 de novembro, estabelecia um limite de 60 dias para a retirada das tropas israelenses da região.
O prazo termina no próximo domingo, 26 de janeiro.
Em comunicado, o gabinete de Netanyahu afirmou que "o processo de retirada das Forças de Defesa de Israel, FDI, está condicionado ao envio do Exército libanês para o sul do Líbano e à aplicação total e eficaz do acordo, enquanto o Hezbollah se retira para além do Litani".
No entanto, segundo Netanyahu, o Líbano "ainda não cumpriu totalmente" suas obrigações sobre o cessar-fogo.
"O processo de retirada em fases continuará, em coordenação total com os Estados Unidos", acrescentou.
A imprensa israelense noticia que as FDI estão se preparando para a possibilidade de novas hostilidades com o Hezbollah.
Apoiado pelo Irã, o grupo terrorista afirmou na quinta, 23, que não aceitaria a permanência das tropas israelenses no sul do Líbano além do limite de 60 dias.
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Por que Netanyahu aceitou o cessar-fogo com o Hezbollah?
Quando o cessar-fogo com o Hezbollah foi anunciado, o primeiro-ministro israelense disse haver três motivos para Israel aceitar o acordo: focar na ameaça iraniana, permitir que as tropas descansem e reabasteçam os estoques de armas e isolar o Hamas.
“Com o Hezbollah fora de cena, o Hamas fica sozinho na campanha. Nossa pressão vai aumentar”, afirmou Netanyahu na época, alegando que a decisão permitiria a Israel levar os reféns de volta para casa.
Acordo com o Hamas
Passados quase dois meses do acordo com o grupo terrorista libanês, Israel também chegou a um entendimento de cessar-fogo com o Hamas.
No primeiro dia, três reféns israelenses foram libertadas de Gaza. No sábado, outras quatro devem voltar a Israel.
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