Na contramão dos EUA, governo Lula compra livros com critérios DEI
Edital vai adquirir obras literárias voltadas à "equidade educacional e à diversidade cultural" para escolas e bibliotecas
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O governo brasileiro lançou no final do ano passado um edital para comprar livros segundo critérios de diversidade, equidade e inclusão (DEI).
O edital leva o nome PNLD Literário Equidade.
Trata-se de uma versão do Programa Nacional do Livro Didático.
De acordo com o Ministério da Educação, MEC, "o certame convoca editores interessados em participar do processo, que vai adquirir obras literárias voltadas à equidade educacional e à diversidade cultural. A ideia é refletir a pluralidade da sociedade brasileira do ponto de vista de temas e autores, promovendo a inclusão no acesso ao livro literário. Os prazos para participar variam de acordo com a etapa de ensino e podem ser conferidos no edital".
Os livros comprados pelo governo vão compor o acervo de escolas de ensino fundamental e médio, escolas da educação de jovens e adultos, além de bibliotecas públicas e comunitárias.
Entre os temas estão: indígena, quilombola, relações étnico-raciais, direitos humanos, populações do campo, das águas e das florestas, educação especial e educação bilíngue de surdos.
Donald Trump
Ao assumir o governo dos Estados Unidos em 20 de janeiro, o presidente Donald Trump publicou um decreto eliminando todos os programas DEI no governo federal.
Segundo Trump, as políticas DEI devem ser eliminadas por serem “vergonhosamente discriminatórias”.
“Isso termina hoje. Os americanos merecem um governo comprometido em servir a todas as pessoas com igual dignidade e respeito, e em gastar preciosos recursos dos contribuintes apenas para tornar a América grande”, escreveu Trump.
Trump também abortou as políticas DEIA, que incluem os portadores de deficiência (o “A” é de acessibilidade).
“As práticas federais de emprego, incluindo as avaliações de desempenho de funcionários federais, devem recompensar a iniciativa, as habilidades, o desempenho e o trabalho árduo individuais e não devem, em nenhuma circunstância, considerar fatores, metas, políticas, mandatos ou requisitos de DEI ou DEIA”, diz o mesmo decreto.
Como já dizia Millôr Fernandes, quando uma ideia fica velhinha, ela vem morar no Brasil.
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