MPF abre investigação sobre suposto vazamento da PF para Flávio Bolsonaro
O Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal abriu nesta segunda-feira, 18, uma investigação sobre o suposto vazamento de informações da Polícia Federal na Operação Furna da Onça para Flávio Bolsonaro. O procedimento baseia-se em entrevista de Paulo Marinho à Folha de S.Paulo, na qual o empresário disse que o filho 01 de...
O Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal abriu nesta segunda-feira, 18, uma investigação sobre o suposto vazamento de informações da Polícia Federal na Operação Furna da Onça para Flávio Bolsonaro.
O procedimento baseia-se em entrevista de Paulo Marinho à Folha de S.Paulo, na qual o empresário disse que o filho 01 de Jair Bolsonaro, então deputado estadual, lhe contou que soube da operação de forma antecipada e que foi alertado sobre as movimentações atípicas nas contas de Fabrício Queiroz, seu ex-assessor, indicando a prática de “rachid” — devolução de parte do salário pelos funcionários.
Conforme Marinho, foi por recomendação de um delegado da PF que Flávio exonerou Queiroz de seu antigo gabinete em outubro. O empresário ainda contou que, segundo o filho mais velho do presidente, os policiais seguraram a operação sigilosa para que ela não ocorresse no meio do segundo turno, o que poderia prejudicar a candidatura de Bolsonaro ao Planalto.
“As investigações do controle externo visam descobrir se policiais federais vazaram informações sigilosas para privilegiar quem quer que seja. Caso fique comprovado qualquer vazamento, mesmo uma simples informações, os policiais responsáveis podem ser presos e até perder o cargo por improbidade”, afirmou o Coordenador do Controle Externo da Atividade Policial do MPF no RJ, Eduardo Benones.
Além disso, o MPF pediu à Justiça o desarquivamento de inquérito policial que que apurou o vazamento de informações privilegiadas. À época, o processo foi encerrado após a própria Polícia Federal relatar a falta de evidências sobre o crime. Para Benones, “há notícias de novas provas que demandam atividade investigatória”.
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