MP diz que rodízio em SP pode gerar 'reflexos negativos'
O Ministério Público de São Paulo defendeu a suspensão do rodízio ampliado de veículos na capital paulista, que entrou em vigor nesta segunda-feira, 11. A medida foi implementada pelo prefeito Bruno Covas (foto), do PSDB, como uma tentativa de reduzir a circulação de pessoas na cidade e frear a propagação do novo coronavírus. Em manifestação...
O Ministério Público de São Paulo defendeu a suspensão do rodízio ampliado de veículos na capital paulista, que entrou em vigor nesta segunda-feira, 11. A medida foi implementada pelo prefeito Bruno Covas (foto), do PSDB, como uma tentativa de reduzir a circulação de pessoas na cidade e frear a propagação do novo coronavírus.
Em manifestação feita em uma ação judicial movida pelo vereador Fernando Holiday, do Patriota, contra o rodízio, a Promotoria critica a falta de estudo prévio da prefeitura e afirma que a medida "pode gerar reflexos negativos, inclusive para o próprio combate à pandemia".
Dados oficiais mostram que a restrição à circulação de carros elevou o número de passageiros no transporte público, o que facilita o contágio pela Covid-19. Os promotores pediram o deferimento da liminar suspendendo o decreto de Covas por "ausência de motivação" e aguardam os estudos da prefeitura sobre a eficácia da medida.
Pela nova regra, veículos com placas de final ímpar só poderão circular em dias ímpares e aqueles com final par só poderão rodar em dias pares. A restrição vale para toda a cidade durante as 24 horas do dia e por toda a semana, incluindo sábados e domingos. A multa prevista é de 130 reais.
Antes, o rodízio vigorava apenas nos horários de pico da manhã e da tarde no centro expandido da cidade, e a restrição abrangia dois números finais de placas por dia. Desde a semana passada, sete ações judiciais já foram ajuizadas no Tribunal de Justiça de São Paulo pedindo a suspensão imediata ou a isenção do rodízio ampliado de veículos. Ainda não houve decisão.
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