Morales não larga o osso na Bolívia
Ex-presidente, que teve candidatura rejeitada pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), fez convocação por unidade nacional

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales está fora da eleição presidencial prevista para agosto deste ano.
Ele tentou registrar sua candidatura através do Partido de Ação Nacional Boliviano (Pan-Bol), sigla sem status legal desde o início do mês, após não alcançar 3% dos votos na eleição de 2020.
O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), então, rejeitou a tentativa do cocalero.
Apesar da negativa, o ex-presidente fez uma convocação para uma "Grande Reunião Nacional" contra a alegada judicialização da política e a "criminalização do protesto social".
“Faço um chamado a todos aqueles que acreditam numa Bolívia com justiça social, com participação ampla e sincera, para que retornem ao caminho do diálogo democrático e defendam, juntos, o processo de mudança que nasceu do povo e para o povo”.
E continuou:
"Faço um chamado a todos aqueles que acreditam numa Bolívia com justiça social, com participação ampla e sincera, para que retornem ao caminho do diálogo democrático e defendam, juntos, o Processo de Mudança que nasceu do povo e para o povo", concluiu no X.
No ano passado, o Tribunal Constitucional impediu Morales de concorrer à presidência.
O órgão decidiu que nenhum candidato poderia disputar um possível terceiro mandato.
Cenário eleitoral
Até a noite de segunda-feira, 19, dez partidos e frentes registraram candidaturas.
O presidente do Senado, Andrónico Rodríguez, próximo de Morales e líder nas pesquisas, tenta concorrer pela Aliança Popular, mas ainda aguarda decisão da Justiça Eleitoral.
O MAS será representado por Eduardo del Castillo, ex-ministro do governo Arce, que optou por não disputar a reeleição.
Entre os principais nomes da oposição estão o empresário social-democrata Samuel Doria Medina e o ex-presidente Jorge Quiroga, além de ex-militantes do MAS e candidatos de centro e direita com menos expressão.
Risco de prisão
Com medo de ser preso, o ex-presidente não sai da região do Trópico de Cochabamba desde outubro do ano passado.
Ele conta com a proteção de plantadores de coca, base de sua influência política e sindical.
No ano passado, o Ministério Público boliviano emitiu uma ordem de captura por abuso de uma menor durante seu mandato.
Morales foi acusado de ter tido um filho com uma adolescente em 2017. Ela tinha entre 14 e 16 anos na ocasião.
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