Moraes manda PGR se manifestar sobre relatório da PF em inquérito que mira Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, encaminhou à Procuradoria-Geral da República nesta terça-feira, 2, o relatório final elaborado pela Polícia Federal sobre o inquérito que mira o presidente Jair Bolsonaro pelo vazamento de dados sigilosos. Mais cedo, a PF reiterou que Bolsonaro, o deputado Filipe Barros e o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid,...
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, encaminhou à Procuradoria-Geral da República nesta terça-feira, 2, o relatório final elaborado pela Polícia Federal sobre o inquérito que mira o presidente Jair Bolsonaro pelo vazamento de dados sigilosos.
Mais cedo, a PF reiterou que Bolsonaro, o deputado Filipe Barros e o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens do presidente, praticaram o crime de violação de sigilo funcional ao divulgar dados de um inquérito sigiloso que investigou um ataque cibernético ao sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral, ocorrido em 2018.
Bolsonaro e Barros, porém, não foram indiciados. A PF lembrou que o entendimento de parte dos ministros da corte impede a instituição de imputar formalmente crimes a autoridades com foro privilegiado sem prévia autorização do STF.
De acordo com o despacho de Moraes, publicado nesta tarde, a PGR deverá se manifestar em até 15 dias. Comandado por Augusto Aras, o órgão pode seguir por três caminhos: oferecer denúncia, defender o arquivamento do caso ou pedir novas medidas de investigação, como a tomada de depoimentos.
O ministro ainda pediu a avaliação da PGR sobre uma petição em que o senador Randolfe Rodrigues pede que Bolsonaro seja enquadrado por crime de desobediência e por obstrução da Justiça, pelo fato de não ter comparecido ao depoimento marcado para a última sexta-feira, na superintendência da PF em Brasília.
No relatório final entregue ao STF, a Polícia Federal afirmou que a recusa de Bolsonaro "não teve o condão de impedir a correta compreensão e o esclarecimento do evento".
Responsável pelo inquérito, a delegada Denisse Ribeiro frisou que, durante a apuração, a PF adotou medidas como a tomada de depoimentos de todos os envolvidos no caso, à exceção de Bolsonaro, a análise correicional do inquérito policial divulgado e dos demais atos de investigação e a transcrição fonográfica da live presidencial.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (4)
Osmar
2022-02-02 22:36:47Por que não entregam logo para os “eleitos” pelos corruptos a condução do país! Aí o Xandão e o STF vão poder colocar todos os corruptos “eleitos amigos” por eles pra comandar o país! Aí teremos todos os ladroes empoleirados e quiçá os traficantes que o STF liberou ministros! Quem votou nestes sujeitos que acham que comandam o país???? VErGonha nacional STF!!!!
MARCOS
2022-02-02 17:43:48SE DEPENDER O ARAS, ESTÁ ENGAVETADO.
ANTÔNIO
2022-02-02 17:22:30DEIXEM O PRESIDENTE GOVERNAR ! CHEGA DE TANTA PERSEGUIÇÃO ! BASTA DE TANTOS QUESTIONAMENTOS INFUNDADOS ! CHEGA, CHEGA, CHEGA O POVO NÃO AGUENTA MAIS.
JOSE
2022-02-02 17:20:23Me surpreenderá se Aras reconhecer o crime e tomar alguma providência. Mais certo é que dirá que não vê crime pois o presidente só fez alguns comentários sem qualquer intensão