Moeda comum pode ser oportuna, diz economista
Em encontro com empresários argentinos na quinta-feira, 6, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro falou que os dois países pretendem criar uma moeda comum, a qual se chamaria "peso real". Para o economista argentino Roberto Luis Troster, a ideia é oportuna. "Isso facilitaria muito o comércio entre os dois países. Quando há uma moeda intermediária, como...
Em encontro com empresários argentinos na quinta-feira, 6, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro falou que os dois países pretendem criar uma moeda comum, a qual se chamaria "peso real".
Para o economista argentino Roberto Luis Troster, a ideia é oportuna. "Isso facilitaria muito o comércio entre os dois países. Quando há uma moeda intermediária, como o dólar, é preciso fazer duas transições: do real para o dólar e do dólar para o peso. Mas essas moedas oscilam, o que gera um aumento de custo e da incerteza", disse Troster em uma live para a revista Crusoé (assista aqui). "Hoje, já podemos fazer uma transação direta com a Argentina (sem uma moeda intermediária), o que já facilita muito o comércio entre os países. Com uma moeda única, não teríamos nenhuma transição."
Segundo Troster, para se criar uma moeda única, seria preciso sincronizar as políticas econômicas, assim como a Europa fez com o euro. “Moeda é credibilidade. E credibilidade é governança. A governança da moeda brasileira não é lá essas coisas. O juro básico aqui, apesar de estar em um piso histórico, é um dos mais altos do mundo. Tanto no Brasil como na Argentina, a relação entre o crédito e o PIB é baixa. A volatilidade cambial dos dois países é baixa. A taxa de juros é alta. Então, ao desenhar uma moeda que sirva para os dois países, ambos sairiam ganhando."
Sobre as crises fiscais, Troster afirma que elas ocorrem com frequência nos dois países, e que a situação da Argentina está até melhor que a do Brasil: "Enquanto o Brasil terá déficit primário, a Argentina terá superávit este ano".
Para o economista, a moeda única deve ser estudada para um futuro de longo prazo. "Perguntam muito quanto será o crescimento do PIB este ano. Mas acho que a pergunta é que está errada. Precisamos pensar como será o crescimento do Brasil daqui a dez anos, daqui a vinte anos. Temos de olhar mais longe, tanto lá como aqui."
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Comentários (6)
Ivo
2019-06-08 12:05:38O primeiro em falar em moeda única na América latina. foi o Hugo Chávez. Agora Bolsonaro vem com esse factoide. Um bom nome pra moeda seria Caracu. A Argentina entraria com a cara. O Brasil...
Máxima
2019-06-07 22:13:23Sinceramente não estou entendendo nada dessa moeda comum. Não seria melhor o Brasil se arranjar economicamente primeiro e depois partir para isso. É muito atropelo.
Milton Friedman
2019-06-07 17:38:47Alguém falou aí em sincronização das políticas monetárias do Brasil e da Argentina??? Isso só pode ser delírio. Ou seria "realizar" a moeda Argentina?
Catilinário
2019-06-07 17:35:54Conversa de argentino prá boi dormir. Valorizou tanto a economia argentina, que um pouco mais ia fazer um paralelo com a economia alemã. Ficou envergonhado. Ah! é claro, o "Banco Central" teria de ficar em Buenos Aires, pois afinal a moeda se chamaria "peso real". Primeiro o peso. kkkk Quem conhece a Argentina e OS BONS argentinos, sabe perfeitamente que, lá como cá, são escassos os BONS políticos e homens públicos.
Anarquista
2019-06-07 17:23:43Ideia de moeda unica envolvendo um morto e um desfalecido ja é uma boa piada. Agora, essa ideia partindo de um “economista “ argentino, ja é piada dupla Afinal, bozo viajou pra la, pra q? Ta sem assunto por aqui? Ta esperando bater a marca de 20 milhões de desempregados, pra agir ou se demitir?
Andre
2019-06-07 17:21:20Só faltava essa!!!!