Ministro sírio promete destruir armas químicas de Assad
Asaad al-Shaibani se comprometeu a pôr fim ao arsenal usado pelo regime contra o povo sírio na guerra civil

O Ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad al-Shaibani, afirmou que o governo sírio destruirá os estoques de armas químicas acumuladas pelo regime do ditador deposto Bashar Assad.
Al-Shaibani foi o primeiro representante oficial sírio a participar do conselho executivo da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW) em Haia.
"O programa de armas químicas do regime de Assad representa um dos capítulos mais sombrios da história síria e mundial", disse.
As armas químicas são marcas do regime de Assad contra opositores durante a guerra civil de 2011.
Em 2013, as autoridades firmaram um acordo para entregar o arsenal à destruição.
Assad sempre negou ter usado do artifício contra a população síria.
"Não temos um arsenal químico desde que abrimos mão do nosso em 2013. A OPCW investigou, e ficou claro que não temos", dizia Assad.
A OPCW, porém, alegou que as armas continuaram desaparecidas.
Mesmo depois do acordo, Assad continuou atacando a população.
Segundo o diretor-geral, Fernando Arias, a deposição de Assad representa uma oportunidade histórica para acabar com o legado do regime.
No último mês, Arias reuniu-se com o presidente interino, Ahmed al-Sharaa, para conversarem sobre o destino dos estoques de armas químicas.
“Com esta visita, começamos a lançar as bases para uma cooperação com as novas autoridades sírias com base na confiança e na transparência", afirmou.
Influência de Israel?
As Forças de Defesa de Israel (FDI) destruíram nesta um arsenal militar pertencente ao regime de Bashar Assad na região de Al Qardahah, nesta segunda, 3
Em nota, o exército confirmou a ofensiva.
“As IDF atacaram um local militar onde armas pertencentes ao anterior regime sírio estavam armazenadas na área de Al Qardahah na Síria há pouco tempo. Devido aos recentes acontecimentos na área, foi decidido atacar a infraestrutura militar no local. As IDF continuam monitorando os acontecimentos na área e agirão conforme necessário para defender os cidadãos do Estado de Israel“, diz a publicação no X.
O governo israelense também deixou as FDI de sobreaviso para defenderem a comunidade do grupo étnico druso de Jaramarana, na capital Damasco, após a escalada do enfrentamento contra as forças do novo governo sírio.
Além disso, Tel Aviv quer exercer mais influência sobre o sul da Síria e exigiu a desmilitarização da região.
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