Crusoé
21.11.2025 Fazer Login Assinar
Crusoé
Crusoé
Fazer Login
  • Acervo
  • Edição diária
Edição Semanal
Pesquisar
crusoe

X

  • Olá! Fazer login
Pesquisar
  • Acervo
  • Edição diária
  • Edição Semanal
    • Entrevistas
    • O Caminho do Dinheiro
    • Ilha de Cultura
    • Leitura de Jogo
    • Crônica
    • Colunistas
    • Assine já
      • Princípios editoriais
      • Central de ajuda ao assinante
      • Política de privacidade
      • Termos de uso
      • Política de Cookies
      • Código de conduta
      • Política de compliance
      • Baixe o APP Crusoé
    E siga a Crusoé nas redes
    Facebook Twitter Instagram

    Milagre no aeroporto do Japão

    Neste artigo, por solicitação de meus publishers, vou falar sobre a colisão do Airbus A350-941 (uma das aeronaves mais modernas do mundo; foto) da Japan Airlines, JAL, com um De Havilland Canada DHC-8 da Guarda Costeira japonesa, ocorrida na terça-feira, 2 de janeiro. Ao contrário do que poderia se supor, o desastre não aconteceu no...

    avatar
    Ivan Sant’Anna
    5 minutos de leitura 04.01.2024 12:27 comentários 5
    Avião Japan Airlines Guarda Costeira Japão
    • Whastapp
    • Facebook
    • Twitter
    • COMPARTILHAR

    Neste artigo, por solicitação de meus publishers, vou falar sobre a colisão do Airbus A350-941 (uma das aeronaves mais modernas do mundo; foto) da Japan Airlines, JAL, com um De Havilland Canada DHC-8 da Guarda Costeira japonesa, ocorrida na terça-feira, 2 de janeiro.

    Ao contrário do que poderia se supor, o desastre não aconteceu no ar mas sim na pista C, que corre paralela e junto à orla da baía de Tóquio e se destina a voos domésticos.

    Se o caro amigo leitor estranha eu ter sido requisitado a escrever sobre este assunto, gostaria de afirmar que, além de ser piloto, já publiquei quatro livros sobre acidentes aéreos: Caixa-preta; Plano de ataque; Perda Total e Voo cego.

    Eu levo aproximadamente três anos (entre pesquisas e elaboração do texto final) para escrever um livro sobre tragédias aéreas.

    No momento, por exemplo, estou trabalhando há mais de um ano na narrativa do acidente com o avião da Chapecoense, livro que pretendo lançar em 28 de novembro de 2026, quando o desastre completará dez anos.

    Já sei quase tudo sobre o voo, mas falta agora entrevistar os sobreviventes para saber o que aconteceu no interior da cabine de passageiros, entre Santa Cruz de La Sierra (Bolívia) e uma montanha ao sul de Medellín (Cerro El Gordo) contra a qual o avião se chocou.

    Para isso, viajarei este ano para Chapecó, Santa Cruz de La Sierra, Bogotá e Medellín.

    Portanto, para escrever sobre uma tragédia que ocorreu há poucos dias, terei de especular um pouco sobre o que poderia ter acontecido. Mas isso não me impede de afirmar desde já, com profunda convicção, que houve falha humana. E não foi do piloto da Japan Airlines.

    A cidade de Tóquio possui dois grandes aeroportos: Haneda, o mais antigo (foi inaugurado em 1931), e Narita, a 80 quilômetros de distância, que entrou em operação em 1978.

    As torres de controle dos aeroportos só passam a cuidar dos aviões que chegam quando eles já estão próximos da reta final, para que não haja confusão entre as aeronaves que saem e chegam de aeroportos diferentes, como é o caso de Haneda e Narita.

    Para quem possa pensar que as torres dos aeroportos se ocupam apenas dos aviões que estão no ar, é bom lembrar o alvoroço que reina em um aeródromo de grande movimento.

    Enquanto uma aeronave corre na pista a mais de 200 km/h, outra taxia a 30 km/h ali perto e uma terceira, empurrada por um trator, se afasta, de marcha a ré, do finger a 5 km/h.

    Ao mesmo tempo, veículos os mais diversos se deslocam pelo aeroporto: ônibus trazendo e levando passageiros para aeronaves estacionadas em aéreas remotas, caminhões-tanque, pequenos tratores rebocando carrinhos de bagagem, caminhões que levam e trazem os itens dos serviços de bordo, só para lembrar alguns.

    Tudo isso é observado pela torre, que tem sob sua responsabilidade vigiar bandos de pássaros que sobrevoam a área com sério risco de colisão com as aeronaves, incidente que, por sinal, vive acontecendo.

    Antes de entrar em contato com a torre de Haneda, o A350 da JAL tinha seu voo monitorado pelo Centro de Controle da Área de Tóquio, que administra o espaço aéreo da região, que inclui aeroportos militares e pequenos aeródromos para aviões menores.

    Tudo isso tem de funcionar como um relógio e geralmente funciona, inclusive nas ocasiões em que a região é assolada por temporais e nevoeiros.

    Autorizado pela torre do aeroporto, o Airbus da Japan Airlines entrou na reta final de pouso e fez o touchdown (toque das rodas no solo) na pista C. Tão logo fez isso, se deparou com o DHC-8 da Guarda Costeira que, em vez de ir até o final da pista de acesso (paralela à de pouso e decolagem), dirigiu-se, sem autorização da torre (repito: sem autorização da torre), à pista principal, por uma interseção intermediária, e chocou-se contra a cauda do Airbus da JAL.

    Para sorte colossal dos passageiros e tripulantes do jato comercial, o avião seguiu em frente, mantendo-se no eixo da pista.

    Movido pela inércia, o jato da Japan Airlines foi parar um quilômetro adiante. Só então a parte traseira, que sofrera o impacto do avião menor, começou a lançar fogo e fumaça para a frente.

    Com um senso de profissionalismo fora do comum, a tripulação do A350 conseguiu, em 90 segundos, e usando apenas as portas dianteiras, evacuar todos os passageiros e tripulantes, num total de 379 pessoas, sem nenhuma fatalidade.

    Enquanto isso, dos seis ocupantes do avião da Guarda Costeira, cinco morreram, salvando-se apenas o comandante, que foi internado em estado gravíssimo.

    Evidentemente que o senso de disciplina, típico dos japoneses, contribuiu para o êxito do salvamento.

    Todos, inclusive as crianças, obedeceram às instruções dos tripulantes.

     

     

    Ivan Sant’Anna

    [email protected]

    Diários

    Bolsonaro pede a Moraes autorização para receber visita de 16 pessoas

    Guilherme Resck Visualizar

    Jorge Messias cita Lula 54 vezes em sua tese de doutorado

    Duda Teixeira Visualizar

    Declaração final da COP30 não terá plano para redução de combustíveis fósseis?

    Redação Crusoé Visualizar

    Nem Lula aguenta ir para Belém

    Duda Teixeira Visualizar

    Trump esquece "arte da negociação" com Brasil

    Duda Teixeira Visualizar

    Crusoé n° 395: Bancada Master

    Redação Crusoé Visualizar

    Mais Lidas

    A "mediação" de Temer pelo Banco Master

    A "mediação" de Temer pelo Banco Master

    Visualizar notícia
    Bancada Master

    Bancada Master

    Visualizar notícia
    COP30: uma piada sem graça contada ao mundo pelo Brasil

    COP30: uma piada sem graça contada ao mundo pelo Brasil

    Visualizar notícia
    Fogo na COP30 é piada pronta

    Fogo na COP30 é piada pronta

    Visualizar notícia
    Lula, Belém e a fantasia boteco-desenvolvimentista

    Lula, Belém e a fantasia boteco-desenvolvimentista

    Visualizar notícia
    O Brazil não conhece o Brasil

    O Brazil não conhece o Brasil

    Visualizar notícia
    O difícil ajuste fiscal

    O difícil ajuste fiscal

    Visualizar notícia
    O ‘true crime’ compensa

    O ‘true crime’ compensa

    Visualizar notícia
    Outras vezes em que Renato Freitas alegou ser vítima de racismo

    Outras vezes em que Renato Freitas alegou ser vítima de racismo

    Visualizar notícia
    Pacheco humilhado é risco institucional

    Pacheco humilhado é risco institucional

    Visualizar notícia

    Tags relacionadas

    Acidente de avião

    aeroporto

    avião

    Ivan Sant'Anna

    Japão

    < Notícia Anterior

    Choquei: pelo cancelamento do cancelador

    04.01.2024 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    Próxima notícia >

    Por que o Estado Islâmico odeia o Irã

    04.01.2024 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    author

    Ivan Sant’Anna

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (5)

    Aurea Marchetti Moraes

    2024-01-06 20:42:13

    As vzs a guarda costeira, achou que a prioridade era deles e acabou ocorrendo essa fatalidade. Mesmo assim, um final de excelência para o outro avião


    Bartolomeu Conceição Nunes Santos

    2024-01-05 17:48:53

    Tempos difíceis forjam aquele povo tão organizado e disciplinado. Conseguem ser assim, mesmo com tantas catástrofes em seu país. Quisera tivéssemos 10% da vontade, do amor próprio, do senso de união e da responsabilidade daquele povo. Mesmo assim, continuo amando meu Brasil desorganizado e corrompido.


    Marcia Elizabeth Brunetti

    2024-01-04 17:42:18

    Até agora ainda não sabemos por que esse pequeno avião da Guarda Costeira entrou na área que já estava marcada e definida para a chegada do Japan Airlines. Se teve experiência por um lado, de outro parece ter havido muita primariedade.


    VASCONCELLOS

    2024-01-04 15:34:52

    A disciplina japonesa e a qualidade do A350 fizeram diferença. A propósito, o pouso em questão estava sendo executado na pista 34 direita, onde a colisão ocorreu. E não na pista C, que é um tipo de designação de pistas de taxi (taxiways). Consta que o Dash 8 teria de estar aguardando na taxiway C1 (ou talvez na C5).


    KEDMA

    2024-01-04 13:34:10

    Parabéns a tripulação do Japan Airlines!


    Torne-se um assinante para comentar

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (5)

    Aurea Marchetti Moraes

    2024-01-06 20:42:13

    As vzs a guarda costeira, achou que a prioridade era deles e acabou ocorrendo essa fatalidade. Mesmo assim, um final de excelência para o outro avião


    Bartolomeu Conceição Nunes Santos

    2024-01-05 17:48:53

    Tempos difíceis forjam aquele povo tão organizado e disciplinado. Conseguem ser assim, mesmo com tantas catástrofes em seu país. Quisera tivéssemos 10% da vontade, do amor próprio, do senso de união e da responsabilidade daquele povo. Mesmo assim, continuo amando meu Brasil desorganizado e corrompido.


    Marcia Elizabeth Brunetti

    2024-01-04 17:42:18

    Até agora ainda não sabemos por que esse pequeno avião da Guarda Costeira entrou na área que já estava marcada e definida para a chegada do Japan Airlines. Se teve experiência por um lado, de outro parece ter havido muita primariedade.


    VASCONCELLOS

    2024-01-04 15:34:52

    A disciplina japonesa e a qualidade do A350 fizeram diferença. A propósito, o pouso em questão estava sendo executado na pista 34 direita, onde a colisão ocorreu. E não na pista C, que é um tipo de designação de pistas de taxi (taxiways). Consta que o Dash 8 teria de estar aguardando na taxiway C1 (ou talvez na C5).


    KEDMA

    2024-01-04 13:34:10

    Parabéns a tripulação do Japan Airlines!



    Notícias relacionadas

    Bolsonaro pede a Moraes autorização para receber visita de 16 pessoas

    Bolsonaro pede a Moraes autorização para receber visita de 16 pessoas

    Guilherme Resck
    21.11.2025 14:22 4 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Jorge Messias cita Lula 54 vezes em sua tese de doutorado

    Jorge Messias cita Lula 54 vezes em sua tese de doutorado

    Duda Teixeira
    21.11.2025 13:00 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Declaração final da COP30 não terá plano para redução de combustíveis fósseis?

    Declaração final da COP30 não terá plano para redução de combustíveis fósseis?

    Redação Crusoé
    21.11.2025 10:53 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Nem Lula aguenta ir para Belém

    Nem Lula aguenta ir para Belém

    Duda Teixeira
    21.11.2025 10:48 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Crusoé
    o antagonista
    Facebook Twitter Instagram

    Acervo Edição diária Edição Semanal

    Redação SP

    Av Paulista, 777 4º andar cj 41
    Bela Vista, São Paulo-SP
    CEP: 01311-914

    Acervo Edição diária

    Edição Semanal

    Facebook Twitter Instagram

    Assine nossa newsletter

    Inscreva-se e receba o conteúdo de Crusoé em primeira mão

    Crusoé, 2025,
    Todos os direitos reservados
    Com inteligência e tecnologia:
    Object1ve - Marketing Solution
    Princípios Editoriais Assine Política de privacidade Termos de uso