Crusoé
22.10.2025 Fazer Login Assinar
Crusoé
Crusoé
Fazer Login
  • Acervo
  • Edição diária
Edição Semanal
Pesquisar
crusoe

X

  • Olá! Fazer login
Pesquisar
  • Acervo
  • Edição diária
  • Edição Semanal
    • Entrevistas
    • O Caminho do Dinheiro
    • Ilha de Cultura
    • Leitura de Jogo
    • Crônica
    • Colunistas
    • Assine já
      • Princípios editoriais
      • Central de ajuda ao assinante
      • Política de privacidade
      • Termos de uso
      • Política de Cookies
      • Código de conduta
      • Política de compliance
      • Baixe o APP Crusoé
    E siga a Crusoé nas redes
    Facebook Twitter Instagram

    Milagre no aeroporto do Japão

    Neste artigo, por solicitação de meus publishers, vou falar sobre a colisão do Airbus A350-941 (uma das aeronaves mais modernas do mundo; foto) da Japan Airlines, JAL, com um De Havilland Canada DHC-8 da Guarda Costeira japonesa, ocorrida na terça-feira, 2 de janeiro. Ao contrário do que poderia se supor, o desastre não aconteceu no...

    avatar
    Ivan Sant’Anna
    5 minutos de leitura 04.01.2024 12:27 comentários 5
    Avião Japan Airlines Guarda Costeira Japão
    • Whastapp
    • Facebook
    • Twitter
    • COMPARTILHAR

    Neste artigo, por solicitação de meus publishers, vou falar sobre a colisão do Airbus A350-941 (uma das aeronaves mais modernas do mundo; foto) da Japan Airlines, JAL, com um De Havilland Canada DHC-8 da Guarda Costeira japonesa, ocorrida na terça-feira, 2 de janeiro.

    Ao contrário do que poderia se supor, o desastre não aconteceu no ar mas sim na pista C, que corre paralela e junto à orla da baía de Tóquio e se destina a voos domésticos.

    Se o caro amigo leitor estranha eu ter sido requisitado a escrever sobre este assunto, gostaria de afirmar que, além de ser piloto, já publiquei quatro livros sobre acidentes aéreos: Caixa-preta; Plano de ataque; Perda Total e Voo cego.

    Eu levo aproximadamente três anos (entre pesquisas e elaboração do texto final) para escrever um livro sobre tragédias aéreas.

    No momento, por exemplo, estou trabalhando há mais de um ano na narrativa do acidente com o avião da Chapecoense, livro que pretendo lançar em 28 de novembro de 2026, quando o desastre completará dez anos.

    Já sei quase tudo sobre o voo, mas falta agora entrevistar os sobreviventes para saber o que aconteceu no interior da cabine de passageiros, entre Santa Cruz de La Sierra (Bolívia) e uma montanha ao sul de Medellín (Cerro El Gordo) contra a qual o avião se chocou.

    Para isso, viajarei este ano para Chapecó, Santa Cruz de La Sierra, Bogotá e Medellín.

    Portanto, para escrever sobre uma tragédia que ocorreu há poucos dias, terei de especular um pouco sobre o que poderia ter acontecido. Mas isso não me impede de afirmar desde já, com profunda convicção, que houve falha humana. E não foi do piloto da Japan Airlines.

    A cidade de Tóquio possui dois grandes aeroportos: Haneda, o mais antigo (foi inaugurado em 1931), e Narita, a 80 quilômetros de distância, que entrou em operação em 1978.

    As torres de controle dos aeroportos só passam a cuidar dos aviões que chegam quando eles já estão próximos da reta final, para que não haja confusão entre as aeronaves que saem e chegam de aeroportos diferentes, como é o caso de Haneda e Narita.

    Para quem possa pensar que as torres dos aeroportos se ocupam apenas dos aviões que estão no ar, é bom lembrar o alvoroço que reina em um aeródromo de grande movimento.

    Enquanto uma aeronave corre na pista a mais de 200 km/h, outra taxia a 30 km/h ali perto e uma terceira, empurrada por um trator, se afasta, de marcha a ré, do finger a 5 km/h.

    Ao mesmo tempo, veículos os mais diversos se deslocam pelo aeroporto: ônibus trazendo e levando passageiros para aeronaves estacionadas em aéreas remotas, caminhões-tanque, pequenos tratores rebocando carrinhos de bagagem, caminhões que levam e trazem os itens dos serviços de bordo, só para lembrar alguns.

    Tudo isso é observado pela torre, que tem sob sua responsabilidade vigiar bandos de pássaros que sobrevoam a área com sério risco de colisão com as aeronaves, incidente que, por sinal, vive acontecendo.

    Antes de entrar em contato com a torre de Haneda, o A350 da JAL tinha seu voo monitorado pelo Centro de Controle da Área de Tóquio, que administra o espaço aéreo da região, que inclui aeroportos militares e pequenos aeródromos para aviões menores.

    Tudo isso tem de funcionar como um relógio e geralmente funciona, inclusive nas ocasiões em que a região é assolada por temporais e nevoeiros.

    Autorizado pela torre do aeroporto, o Airbus da Japan Airlines entrou na reta final de pouso e fez o touchdown (toque das rodas no solo) na pista C. Tão logo fez isso, se deparou com o DHC-8 da Guarda Costeira que, em vez de ir até o final da pista de acesso (paralela à de pouso e decolagem), dirigiu-se, sem autorização da torre (repito: sem autorização da torre), à pista principal, por uma interseção intermediária, e chocou-se contra a cauda do Airbus da JAL.

    Para sorte colossal dos passageiros e tripulantes do jato comercial, o avião seguiu em frente, mantendo-se no eixo da pista.

    Movido pela inércia, o jato da Japan Airlines foi parar um quilômetro adiante. Só então a parte traseira, que sofrera o impacto do avião menor, começou a lançar fogo e fumaça para a frente.

    Com um senso de profissionalismo fora do comum, a tripulação do A350 conseguiu, em 90 segundos, e usando apenas as portas dianteiras, evacuar todos os passageiros e tripulantes, num total de 379 pessoas, sem nenhuma fatalidade.

    Enquanto isso, dos seis ocupantes do avião da Guarda Costeira, cinco morreram, salvando-se apenas o comandante, que foi internado em estado gravíssimo.

    Evidentemente que o senso de disciplina, típico dos japoneses, contribuiu para o êxito do salvamento.

    Todos, inclusive as crianças, obedeceram às instruções dos tripulantes.

     

     

    Ivan Sant’Anna

    [email protected]

    Diários

    Ciro Gomes vai tentar a Presidência?

    Redação Crusoé Visualizar

    "Quando Lula voltar da viagem..."

    Duda Teixeira Visualizar

    Contra "desinformação", STF consolida censura da toga

    Duda Teixeira Visualizar

    Putin pode ser preso se cruzar o espaço aéreo da Polônia?

    Redação Crusoé Visualizar

    Petro reclama da absolvição de Uribe

    Redação Crusoé Visualizar

    Lula e Janja sempre terão Paris

    Duda Teixeira Visualizar

    Mais Lidas

    A dama dos oprimidos

    A dama dos oprimidos

    Visualizar notícia
    A nova estratégia chinesa na América Latina

    A nova estratégia chinesa na América Latina

    Visualizar notícia
    "Continuarei denunciando este escândalo judicial", diz Sarkozy

    "Continuarei denunciando este escândalo judicial", diz Sarkozy

    Visualizar notícia
    Já dá para cancelar a COP30?

    Já dá para cancelar a COP30?

    Visualizar notícia
    Lula e Janja sempre terão Paris

    Lula e Janja sempre terão Paris

    Visualizar notícia
    Lula: "Quando o rico tem muito dinheiro, vai comprar tijolo em Paris"

    Lula: "Quando o rico tem muito dinheiro, vai comprar tijolo em Paris"

    Visualizar notícia
    O Hamas não tem compliance

    O Hamas não tem compliance

    Visualizar notícia
    O que se fala sobre a COP30 (e Lula)

    O que se fala sobre a COP30 (e Lula)

    Visualizar notícia
    Petro reclama da absolvição de Uribe

    Petro reclama da absolvição de Uribe

    Visualizar notícia
    Putin pode ser preso se cruzar o espaço aéreo da Polônia?

    Putin pode ser preso se cruzar o espaço aéreo da Polônia?

    Visualizar notícia

    Tags relacionadas

    Acidente de avião

    aeroporto

    avião

    Ivan Sant'Anna

    Japão

    < Notícia Anterior

    Choquei: pelo cancelamento do cancelador

    04.01.2024 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    Próxima notícia >

    Por que o Estado Islâmico odeia o Irã

    04.01.2024 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    author

    Ivan Sant’Anna

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (5)

    Aurea Marchetti Moraes

    2024-01-06 20:42:13

    As vzs a guarda costeira, achou que a prioridade era deles e acabou ocorrendo essa fatalidade. Mesmo assim, um final de excelência para o outro avião


    Bartolomeu Conceição Nunes Santos

    2024-01-05 17:48:53

    Tempos difíceis forjam aquele povo tão organizado e disciplinado. Conseguem ser assim, mesmo com tantas catástrofes em seu país. Quisera tivéssemos 10% da vontade, do amor próprio, do senso de união e da responsabilidade daquele povo. Mesmo assim, continuo amando meu Brasil desorganizado e corrompido.


    Marcia Elizabeth Brunetti

    2024-01-04 17:42:18

    Até agora ainda não sabemos por que esse pequeno avião da Guarda Costeira entrou na área que já estava marcada e definida para a chegada do Japan Airlines. Se teve experiência por um lado, de outro parece ter havido muita primariedade.


    VASCONCELLOS

    2024-01-04 15:34:52

    A disciplina japonesa e a qualidade do A350 fizeram diferença. A propósito, o pouso em questão estava sendo executado na pista 34 direita, onde a colisão ocorreu. E não na pista C, que é um tipo de designação de pistas de taxi (taxiways). Consta que o Dash 8 teria de estar aguardando na taxiway C1 (ou talvez na C5).


    KEDMA

    2024-01-04 13:34:10

    Parabéns a tripulação do Japan Airlines!


    Torne-se um assinante para comentar

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (5)

    Aurea Marchetti Moraes

    2024-01-06 20:42:13

    As vzs a guarda costeira, achou que a prioridade era deles e acabou ocorrendo essa fatalidade. Mesmo assim, um final de excelência para o outro avião


    Bartolomeu Conceição Nunes Santos

    2024-01-05 17:48:53

    Tempos difíceis forjam aquele povo tão organizado e disciplinado. Conseguem ser assim, mesmo com tantas catástrofes em seu país. Quisera tivéssemos 10% da vontade, do amor próprio, do senso de união e da responsabilidade daquele povo. Mesmo assim, continuo amando meu Brasil desorganizado e corrompido.


    Marcia Elizabeth Brunetti

    2024-01-04 17:42:18

    Até agora ainda não sabemos por que esse pequeno avião da Guarda Costeira entrou na área que já estava marcada e definida para a chegada do Japan Airlines. Se teve experiência por um lado, de outro parece ter havido muita primariedade.


    VASCONCELLOS

    2024-01-04 15:34:52

    A disciplina japonesa e a qualidade do A350 fizeram diferença. A propósito, o pouso em questão estava sendo executado na pista 34 direita, onde a colisão ocorreu. E não na pista C, que é um tipo de designação de pistas de taxi (taxiways). Consta que o Dash 8 teria de estar aguardando na taxiway C1 (ou talvez na C5).


    KEDMA

    2024-01-04 13:34:10

    Parabéns a tripulação do Japan Airlines!



    Notícias relacionadas

    Ciro Gomes vai tentar a Presidência?

    Ciro Gomes vai tentar a Presidência?

    Redação Crusoé
    22.10.2025 15:03 2 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    "Quando Lula voltar da viagem..."

    "Quando Lula voltar da viagem..."

    Duda Teixeira
    22.10.2025 10:09 2 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Contra "desinformação", STF consolida censura da toga

    Contra "desinformação", STF consolida censura da toga

    Duda Teixeira
    22.10.2025 09:32 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Putin pode ser preso se cruzar o espaço aéreo da Polônia?

    Putin pode ser preso se cruzar o espaço aéreo da Polônia?

    Redação Crusoé
    21.10.2025 16:58 2 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Crusoé
    o antagonista
    Facebook Twitter Instagram

    Acervo Edição diária Edição Semanal

    Redação SP

    Av Paulista, 777 4º andar cj 41
    Bela Vista, São Paulo-SP
    CEP: 01311-914

    Acervo Edição diária

    Edição Semanal

    Facebook Twitter Instagram

    Assine nossa newsletter

    Inscreva-se e receba o conteúdo de Crusoé em primeira mão

    Crusoé, 2025,
    Todos os direitos reservados
    Com inteligência e tecnologia:
    Object1ve - Marketing Solution
    Princípios Editoriais Assine Política de privacidade Termos de uso