Matt Gaetz e os limites do poder de Trump
Bastam quatro senadores republicanos dizerem não para que uma indicação do próximo presidente naufrague
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou o ex-deputado Matt Gaetz (foto) para o cargo de procurador-geral.
Mas a indicação ficou insustentável após intensa resistência dos senadores republicanos, que deveriam aprová-lo para o cargo.
Os americanos são muito rigorosos em relação aos comportamentos privados dos seus representantes, ainda mais quando são republicanos, e Matt Gaetz não passou nesse teste.
Trump desistiu de sua indicação, após entender que não teria os votos necessários no Senado para aprovar Gaetz. O ex-deputado, então, desistiu da tentativa.
Os republicanos terão 53 cadeiras na próxima legislatura, de um total de 100.
A aprovação de um nome precisa se dar por maioria.
Isso significa que bastam quatro senadores republicanos não endossarem uma candidatura para que a indicação de Trump fique sem efeito.
Acusações
Nesta segunda, 23, o Comitê de Ética da Câmara dos Deputados divulgou o resultado de uma investigação sobre Gaetz.
“O Comitê determinou que há evidências substanciais de que o representante Gaetz violou as regras da Câmara e outros padrões de conduta que proíbem prostituição, estupro estatutário, uso de drogas ilícitas, presentes inadmissíveis, favores ou privilégios especiais e obstrução do Congresso”, diz o texto.
O Comitê concluiu que Gaetz teve relacionamento íntimo com uma mulher de 17 anos, menor de idade, portanto.
Gaetz também usava e possuída drogas ilegais.
Também teria ajudado uma mulher a obter um passaporte.
90 mil dólares
De acordo com as evidências, Gaetz pagou mais de 90 mil dólares para mulheres em troca de sexo e drogas.
Nas redes sociais, Gaetz falou que dava dinheiro de presente para as moças, e que as transferências não seriam pagamentos por serviços prestados.
Duas delas negaram essa afirmação.
Uma delas mandou uma mensagem para a outra dizendo: "A propósito, Matt também mencionou que será generoso por causa da 'satisfação do cliente' da última vez".
O salário anual de Gaetz no Congresso era de 174 mil dólares.
Entre as drogas consumidas estavam cocaína, ecstasy e maconha.
Uma viagem para as Bahamas ainda teria sido paga "por um associado do deputado Gaetz com conexões com a indústria da maconha medicinal, que supostamente também pagou acompanhantes femininas para acompanhá-lo", segundo o texto.
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