Marco Aurélio defende acordo de Cabral; placar é de 3 a 2 contra delação
O ministro Marco Aurélio Mello (foto) votou pela manutenção do acordo de colaboração premiada fechado por Sérgio Cabral com a Polícia Federal. Com o voto incluído pelo decano nesta segunda-feira, 24, o placar momentâneo do julgamento no plenário virtual do Supremo Tribunal Federal é de 3 a 2 contra a delação do ex-governador do Rio de Janeiro....
O ministro Marco Aurélio Mello (foto) votou pela manutenção do acordo de colaboração premiada fechado por Sérgio Cabral com a Polícia Federal. Com o voto incluído pelo decano nesta segunda-feira, 24, o placar momentâneo do julgamento no plenário virtual do Supremo Tribunal Federal é de 3 a 2 contra a delação do ex-governador do Rio de Janeiro.
Até agora, votaram a favor do recurso movido pela Procuradoria-Geral da República para derrubar o acordo de Sérgio Cabral os ministros Edson Fachin, relator do caso, Gilmar Mendes e Kassio Marques. O ministro Luís Roberto Barroso votou pela manutenção da delação, que foi homologada por Fachin em fevereiro de 2020. O julgamento vai até sexta-feira, 28.
Marco Aurélio divergiu de Fachin na questão preliminar do voto, que é a possibilidade de a Polícia Federal fechar acordos de colaboração sem a participação do Ministério Público Federal. O decano ressaltou que o Supremo já decidiu pela legalidade dessa atuação da polícia no julgamento de uma ação direta de inconstitucionalidade em 2018, da qual ele foi relator.
No mérito, o ministro concordou com o relator pela rejeição do agravo regimental da PGR, que aponta irregularidades no acordo celebrado por Cabral, entre elas o fato de o ex-governador não ter cessado a atividade criminosa por ainda esconder dinheiro desviados dos esquemas de corrupção no Rio.
"Na fase de homologação do acordo, não cabe examinar os aspectos
materiais relativos à delação premiada. As obrigações do colaborador e os
benefícios correspondentes serão objeto de análise quando do julgamento
de eventual ação penal. Apenas cumpre apreciar os aspectos formais, sem
adentrar o conteúdo do acordado", afirma Marco Aurélio.
Segundo o decano, as formalidades legais do acordo de Sérgio Cabral, como espontaneidade, a voluntariedade e a legalidade do ajuste, "foram atendidas". "A eficácia do que foi versado pelo delator, levando em conta a veracidade das declarações, é definida mediante sentença, observado pronunciamento do órgão julgador", conclui Marco Aurélio.
O recurso da PGR contra a delação de Sérgio Cabral foi ajuizado em março do ano passado, mas só foi levado ao plenário virtual do STF por Edson Fachin dias após a PF encaminhar ao Supremo um pedido de abertura de inquérito para investigar supostos pagamentos ilícitos ao ministro Dias Toffoli, com base na delação de Cabral.
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Comentários (9)
MARCIO
2021-05-25 09:37:50Já passou da hora de reformular completamente este STF, do jeito que é hoje, vai continuar sendo um órgão chancelador de todas mazelas e corrupções que ocorrem no país.
Waldemar
2021-05-25 08:11:52Este padrões arrependidos precisam ter seus testemunhos e acusações usados contra os comparsas. Fim.
Helio
2021-05-25 07:53:28E as decisões do STF de soltar traficante internacional de drogas. condenado em 2° instância, soltar um médico estuprador ,soltar político corrupto depois de condenado (Maluff)em todas as instância inclusive no STF e trancar investigações do próprio colega do STF acusado de vender sentença não é ataque a democracia?
Jaime
2021-05-24 18:19:55...É vejam que tanto Kássio Marques quanto o PGR Aras foi colocado no Judiciário por Bolsonaro. É ambos estão votando de forma a impedir a delação... Bolsonaro foi avisado q Aras era antilavatista e Kássio tinha uma acusação de plágio nas costas...como Diabos podemos acreditar nas boas intenções de um PR destes? Milhares de motoqueiros participaram de um passeio com Bolsonaro. Eu espero que estes caras estejam mais bem informados q eu e q tudo dê certo. Pelo bem do país.
Edmar
2021-05-24 17:39:53Marco Aurélio é o decano e sabe o que está dizendo e fazendo, seria ótimo se aceitar a delação
Leandro Domingues
2021-05-24 17:32:59Fux e Weber, provavelmente votarão com Barroso e Marco Aurelio (4), restarão Lewandowisky, Alexandre e Carminha. Acredito que Toffoli não possa votar, certo?
Edvaldo
2021-05-24 17:28:52Daqui há 30 dias, o ministro vem para praia aqui no Rio para o resto da vida, ele agora vai só jogar ração no pasto, quem quiser comer, que coma. Vem ministro, teu Flamengo tá feliz da vida.
João
2021-05-24 17:28:05Concordo com Yves Gandra,mas o perigo é indicar honestos como,Gilmar,Lewandowisk,Roffoli
Paulo
2021-05-24 17:22:23Esse Kassio Marques é um blefe. Espero que a próxima indicação do Presidente recaia em um homem honrado, independentemente da religião que professe. O Ministro Yves Gandra Filho é um excelente nome.