Manifestações na Colômbia perdem força
A Colômbia viveu nesta quarta-feira, 27, seu sétimo dia de protestos. Em Bogotá, calcula-se que 10 mil pessoas participaram das manifestações (foto). É bem menos do que o registrado há uma semana. Na greve geral que tomou conta do país na quinta-feira, 21, os organizadores estimaram o número de pessoas em 1 milhão em todo...
A Colômbia viveu nesta quarta-feira, 27, seu sétimo dia de protestos. Em Bogotá, calcula-se que 10 mil pessoas participaram das manifestações (foto). É bem menos do que o registrado há uma semana. Na greve geral que tomou conta do país na quinta-feira, 21, os organizadores estimaram o número de pessoas em 1 milhão em todo o território nacional, enquanto as autoridades falaram em 200 mil.
Ao contrário de outros povos da América Latina, os colombianos não são muito afeitos a manifestações. Raramente um protesto passa de um dia para o outro. Na quinta-feira, 21, ocorreu uma greve geral. Desde então, o comparecimento foi ficando menor a cada dia, com ações em diferentes pontos.
"Os protestos que ocorreram na Colômbia se deram principalmente em duas cidades, Bogotá e Cali, e não reuniram muita gente. Isso acontece porque o país tem uma população muito dispersa geograficamente. Além disso, a sociedade tem se deslocado para o centro do espectro político, afastando-se dos radicalismos", diz o colombiano Martín Orozco, gerente-geral do instituto de pesquisas Invamer, em Bogotá.
Outra coisa que contribuiu para a diminuição da força dos protestos é a grande parcela da população que não é assalariada e precisa ganhar o pão de cada dia. Os colombianos são avessos, portanto, a distúrbios que levam ao fechamento temporário dos negócios. "Mais da metade da força de trabalho é independente. Diferentemente dos estudantes chilenos, eles precisam trabalhar todo dia para ganhar dinheiro", diz Orozco.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (8)
José
2019-11-28 16:53:15O tempo passa, a tecnologia avança, a informação se populariza, mas a América do Sul insiste em ser uma zona de republiquetas de bananas em que a democracia é só uma palavra para os pretensos ditadores de plantão fazerem comício. Ô povo besta.
José
2019-11-28 16:38:45A realidade se impondo.
MARTIN
2019-11-28 12:01:34Povo trabalhador e não agressivo, como a maioria dos brasileiros
Carlos
2019-11-28 11:20:53Maiores inimigos ao desenvolvimento e libertação da América do Sul são: - Imprensa esquerdista - Universidades - Sindicatos - Poder judiciário O dia que um governante conseguir reduzir drasticamente a força desses e fazer com que o último trabalhe em prol da população, nós os Sudacas, vamos começar, a poder ter esperança em competir em condições melhores com países da Asia(India, China, Indonesia, Tigres Asiáticos e etc.) Caso contrário, nossa competição será com os países africanos e só!
LUIS
2019-11-28 09:48:07Na verdade eu entendo que a Colômbia vive uma grande ressaca da onda esquerdista que tem emporcalhado toda a América Latina. A população em geral está até agora com tudo relacionado às FARC entalado na goela e essas "manifestações" só refletem as determinações do Foro de São Paulo. Esquerdistas na Colômbia, não passarão!!
Lilia
2019-11-28 06:46:56Gostei dos comentários de Orozco, bem pertinentes. Além do que, os colombianos estão escaldados pela guerrilha promovida pelas Farc e narcotraficantes que matou milhares e procrastinou o desenvolvimento do país por anos e anos.
Paulo Renato
2019-11-28 05:46:28Não sei se o imagens que vi na TV são autênticas. Mas pelo que foi mostrado, a manifestação mais parecia um desfile de carnaval mas o repórter continuava sua narrativa em totalmente sem sintonia com as imagens que estavam sendo mostradas. Resumindo: O áudio não combinava com o vídeo.
Jose
2019-11-27 23:59:54Claro, claro. Mais da metade da economia colombiana é informal. Ou seja, cada um tem que se virar para ganhar o pão de cada dia. Ninguém paga imposto e nem recebe aposentadoria. Não há programa razoável de seguridade social. Em um sistema assim, quem pode protestar? Entretanto, se o calo apertar muito, tenham certeza que o governo cairá rapidinho, tal como já aconteceu várias vezes no passado.