Manifestações contra o Supremo são 'inaceitáveis', avalia Maia
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (foto), disse nesta segunda-feira, 1, que os ataques feitos ao Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal em manifestações que contam com a participação do presidente Jair Bolsonaro são “inaceitáveis”. Os atos pró-governo aos fins de semana tornaram-se usuais. No último domingo, 31, os apoiadores do presidente miraram a...
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (foto), disse nesta segunda-feira, 1, que os ataques feitos ao Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal em manifestações que contam com a participação do presidente Jair Bolsonaro são “inaceitáveis”.
Os atos pró-governo aos fins de semana tornaram-se usuais. No último domingo, 31, os apoiadores do presidente miraram a Suprema Corte após o ministro Alexandre de Moraes autorizar buscas e apreensões contra ativistas, empresários e blogueiros bolsonaristas no inquérito que investiga ameaças ao tribunal e a difusão de fake news.
Bolsonaro usou um helicóptero oficial para sobrevoar a manifestação. Depois, ao pousar, caminhou e andou a cavalo no Eixo Monumental, sem máscara, cumprimentando os presentes.
"Eu acho que, em um momento como esse, em uma pandemia que atinge a todo mundo, que atinge ao Brasil, nós acompanhando movimentos como esse do último domingo que são inaceitáveis. É inaceitável que faça uma mobilização com respaldo do governo. Ele precisa respeitar as instituições democráticas", avaliou Maia em entrevista ao Uol.
O deputado classificou como “muito ruim” a participação de Bolsonaro nos protestos. "Ontem era (um protesto) contra o Supremo Tribunal Federal. Muito ruim o que a gente viu com a participação do presidente. Devemos criticar e condenar uma atitude como essa. Depois vai andar a cavalo? O último que andou a cavalo na esplanada foi o general Newton Cruz [militar da ditadura]. Não são imagens positivas e de boa lembrança para o Brasil", pontuou.
De acordo com Maia, muitas das manifestações são motivadas por notícias falsas relacionadas aos Poderes. "Eu fui vítima desde o ano passado desses ataques; hoje é o Supremo, em um movimento gravíssimo. Então nós precisamos organizar as relações dos Poderes com a sociedade. A maioria absoluta da sociedade, certamente perplexa, não aceita que a gente possa ver movimentos em 2020 contra o Supremo, contra o Congresso, muitas vezes apenas porque diverge ou faz uma crítica numa entrevista como essa.”
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