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Maldivas querem proibir israelenses de entrar em seu país — e isso irrita os EUA

05.06.24 11:02

A República das Maldivas anunciou, nesta semana, que passará a proibir cidadãos com o passaporte israelense de entrar no país. A minúscula nação insular, ao sul da Índia, é conhecida pelas praias paradisíacas e seria o 28º país a proibir a entrada de israelenses em seu território.

Desta vez, no entanto, a questão ganhou corpo e chegou até o Congresso dos Estados Unidos — que quer convencer o país de 530 mil habitantes do contrário. Um projeto de lei estaria em gestação no Congresso Americano para garantir que o financiamento de Washington ao país só será concretizado se o banimento for suspenso.

A ideia, do parlamentar Josh Gottenheimer (Democrata-Nova Jersey), um dos mais vocais defensores da aliança com Israel no parlamento, foi revelada pelo portal de notícias americano Axios.

No domingo, 2, o presidente maldivo Mohammed Muizzu indicou que tomará a decisão baseada em um pedido do seu gabinete de ministros. O motivo seria a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza — sendo um país de maioria muçulmana, o arquipélago se alinhou quase automaticamente à Palestina.

Quando a Corte Internacional de Justiça julgou que Israel deveria interromper os ataques na região, Muizzu definiu como “indizíveis atos de brutalidade em Rafah”, além de cobrar o respeito às fronteiras originais da Palestina.

O governo do conjunto de ilhas chegou a encaminhar um “enviado para necessidades da Palestina” à região, assim como iniciou uma campanha de contribuição popular para encaminhar roupas e alimentos à comunidade muçulmana na Faixa de Gaza. Foram 11 mil israelenses no país em 2023, menos de 0,6% dos turistas que chegaram ao país. 

Assim, as Maldivas entram no conjunto de 11 nações que passaram a proibir a entrada de israelenses em seu interior, como represália às ações que ocorrem em Gaza. Todos eles estão no mundo muçulmano: Líbano, Síria, Irã, Paquistão e Brunei já proibiram o ingresso de israelenses desde o início do conflito, há quase oito meses.

Leia mais em Crusoé: Cessar-fogo traz difícil dilema para Netanyahu

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